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POLÍCIA
Da redação
22/06/2017 09:34
Atualizado
14/12/2018 07:53

Justiça solta três policiais militares que haviam sido presos na Operação Intocáveis, da Força Nacional

Desta audiência, foram liberados Allan George, Francine Nogueira e Renixon Felício; Os demais policiais presos na mesma operaçãoaguardam audiência de instrução e julgamento; Na foto, PMs comemoram a liberdade
A Justiça decidiu soltar os policiais Allan George de Menezes, Francine Nogueira da Silva Junior, Renixon Felicio da Silva, após audiência de instrução do processo (0100429-75.2016.8.20.003 - um dos 7 processos que respondem. Nos demais, existe apenas medidas restritivas contra os policiais) da Operação Intocáveis, realizada na manhã desta quinta-feira, 22, no Fórum Municipal de Mossoró-RN.

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A liberdade dos PMs foi dada pela Justiça neste caso específico que teve como vítima Rafael Faustino de Sá Soares, na época com 18 anos, que teria sido morto em confronto com três policiais, que estão sendo processados, no dia 26 de fevereiro de 2013.

Rafael Preto estava foragido do CEDUC, onde cumpria medida socio educativa por vários crimes, destacando-se assaltos, tráfico e até suspeita de homicidios. Após esta fuga, ele se escondeu em Upanema e quando retornou para Mossoró estaria espalhando terror no no bairro Dom Jaime Câmara.

Acionados para atender a ocorrência, Renixon, Allan e Nogueira alegam que foram recebidos a tiros pelo suspeito. Reagiram e o suspeito terminou baleado. Rafael Preto, conforme reportagens do Jornal Gazeta do Oeste, foi socorrido para o Hospital Regional Tarcísio Maia, mas não sobreviveu.

O caso terminou sendo investigado pela Policia Civil. Famílaires e testemunhas teriam acusado os policiais de extermínio. O caso foi reaberto em 2015 pela Força Nacional, que concluiu o processo indiciando os policiais por extermínio. A Justiça decretou a prisão dos três.

Nesta mesma operação, que recebeu o nome de Intocáveis, a Força Nacional também indiciou os policiais militares Edimar Gomes da Silva, de 48 anos, e Alex José de Oliveira, de 41 anos, que não estão neste processo. Estão em outros. Veja abaixo. Ao todo, a Força Nacional, como apoio do Ministério Público Estadual, investigou 14 homicidios na região de Mossoró.

Nos 14 homicidios, foram indiciados:
Alex José de Oliveira
Allan George de Menezes
Francine Nogueira da Silva Junior
Marcos Suell Pereira da Silva
Erasmo Fredson Moreira Silva
Edimar Gomes da Silva
Paulo César da Silva
Renixon Felício da Silva

Ítalo Ross Soares Carvalho (Não é polícial)

No caso dos policiais Gomes e Alex, a expectiva é que também possam aguardar julgamento em liberdade, assim como aconteceu com Renixon, Allan e Nogueira.

O promotor de Justiça do caso, Silvio Ricardo Gonçalves de Andrade Brito, já deu parecer positivo para a liberdade dos policiais solicitada pelos advogados Gilmar Fernandes, Francisco de Assis e Paulo César. Dois juízes do colegiado formado para julgar o caso já votaram pela liberdade.

O juiz presidente Amanuel Tellino Monteiro também concordou. A sentença deve ser assinada ainda nesta quinta-feira, 22.


O comandante do 12 Batalhão de Policia Militar de Mossoró, Major PM Humberto Pimenta, destacou que tão logo os policiais concluam os procedimentos legais de liberação, como exames de corpo delito e outros procedimentos burocráticos, serão inseridos na escola de serviço normal da Polícia Militar.

Na justiça, os três policiais militares vão enfrentar uma maratona de audiências de instrução e julgamento (Tribunal do Júri Popular) de agora em em diante. Ao menos é o que se pode prevê diante dos processos que já respondem. Os outros dois policiais que ainda estão presos também terão audiência breve.


Já os policiais Alex e Gomes respondem aos seguintes processos, que tiveram origem da Operação Intocáveis. Para os promotores do caso, cada processo tem suas particularidades e deve ser analisadas conforme cada situação. Já para os advogados, as acusações são absurdas e pedem que os policiais sejam liberados.

Notas

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