23 ABR 2024 | ATUALIZADO 08:31
POLÍTICA
Da redação
11/07/2017 12:24
Atualizado
12/12/2018 22:42

Sem luz, senadoras mantêm ocupação da Mesa do Senado para impedir votação de reforma trabalhista

Entre as ocupantes está a senadora potiguar Fátima Bezerra. Medida foi criticada por parlamentares como Garibaldi Alves Filho: "Isso é um vexame"
Agência Brasil
Mesmo com os microfones desligados e as luzes do plenário apagadas, as senadoras de oposição que ocuparam a Mesa do Senado permanecem no local para tentar impedir a votação da reforma trabalhista. O presidente da Casa, Eunício Oliveira, foi impedido de presidir a sessão que iria analisar a proposta.

O protesto é feito pelas senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Ângela Portela (PT-ES), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice de Mata (PSB-BA), Regina Sousa (PT-PI) e Kátia Abreu (PMDB-TO).

A ocupação foi criticada por senadores governistas. “Isso é um verdadeiro vexame para o Senado, eu diria até uma vergonha. Nunca aconteceu isso aqui. Eu só posso dizer que estou chocado. Diante disso que aconteceu acho que o presidente está certo. O que nós queremos é votar, tudo se resolve aqui no voto e não dessa maneira”, disse o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN).

Já o senador Jorge Viana (PT-AC) disse que o impasse se deve à forma com que o governo está conduzindo as reformas no Congresso. “É uma atitude de um grupo de senadoras. É isso que dá esse impasse que o Brasil está vivendo. É claro que não é bom, mas, por outro lado, como é que pode se fazer uma reforma trabalhista sem que o Senado possa alterar um inciso, um artigo de uma lei que é tão importante para todo mundo?”, avaliou.

Desde que suspendeu a sessão, o senador Eunício Oliveira se reúne com senadores de vários partidos da base para buscar uma solução para o impasse.

Umas das alternativas é a transferência da sessão para o Auditório Petrônio Portela, também, no Senado. No entanto, um grupo de sindicalistas protesta no local contra a reforma e contra o governo Michel Temer.

Ação no Conselho de Ética

Às 17h, o senador José Medeiros (PSD-MT) protocolou no Conselho de Ética ação por quebra de decoro contra as senadoras que ocupam o Plenário e impedem a votação da reforma trabalhista (PLC 38/2017). O documento tem 15 assinaturas.

Da Agência Brasil

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário