28 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
MOSSORÓ
Da redação
11/07/2017 14:26
Atualizado
13/12/2018 20:04

“Não há como participar das eleições sem a presença do Lula”, diz, em Mossoró, líder do MST

João Pedro Stédile também convocou movimentos populares para irem às ruas em uma eventual prisão do ex-presidente. “Temos que proteger o Lula”, afirmou.
Frente Brasil Popular RN
Principal liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, João Pedro Stédile abriu nesta terça-feira (11) a solenidade de lançamento da Frente Ampla pelas Diretas já no Rio Grande do Norte, em Mossoró.

Economista por formação, Stédile fez um balanço da conjuntura política brasileira. Ele sugeriu um boicote da esquerda às eleições caso o ex-presidente Lula seja impedido pela Justiça de participar do pleito.

Segundo ele, a questão passa pela leitura da luta entre a burguesia nacional e internacional, a pequena burguesa e a classe trabalhadora. “A análise da conjuntura política é o resultado da luta de classes”, disse.

As reformas da Previdência e Trabalhista também estiveram no foco do militante do MST. Para Stédile, os dois projetos importam mais para o país do que o nome que ocupará a presidência da República no momento.

“O projeto da Globo é trocar o (Michel) Temer pelo (Rodrigo) Maia. Ele seguiria e convocaria eleições para outubro de 2018. Para nós, não importa quem vai estar lá: precisamos impedir as reformas da previdência e trabalhista. Mas o nosso campo só tem uma alternativa agora: lutar pelas eleições diretas para que tenhamos eleições já em outubro de 2017, mesmo que o próximo presidente governe por cinco anos”, afirmou.

João Pedro Stédile destacou também como pauta fundamental para a classe trabalhadora a proteção ao ex-presidente Lula numa possível prisão decretada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da operação Lava-jato. Segundo ele, caso isso aconteça, os movimentos populares não teriam alternativa que não seja ocupar as ruas.

“A outra batalha em termos de calendário é que, até o final do mês, o juiz Sérgio Moro dará a sentença a Lula. Se prender, os movimentos populares precisam ir para a rua. Temos que proteger o Lula. A defesa do Lula é a defesa da dignidade da nossa classe. Caso contrário, a esquerda precisa fazer um congresso e decidir pela não participação nas eleições. Não há como participar das eleições sem a participação do Lula. Se eles já escolheram o Dória, então que venha o Doria, mas vai ter que disputar com o Lula”, afirmou sob aplausos do auditório lotado antes de fazer uma ponderação: "Só sairemos da crise com eleições. E o Lula tem que participar", encerrou.

Após a fala de Stédile, vários militantes do Estado se revezaram no microfone. A programação da Frente Ampla pelas Diretas segue com plenária da Frente Brasil Popular e um jantar à noite.

Com informações da Frente Brasil Popular RN
 

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