28 MAR 2024 | ATUALIZADO 10:18
MOSSORÓ
Da redação
12/07/2017 10:44
Atualizado
13/12/2018 20:03

Workshop discute ações para proteção dos jumentos no Nordeste

Evento começa nesta quarta, 12, e vai até 14 de julho na Ufersa. Pesquisadores se reuniram e traçaram ações que visam a proteção desses animais.
Cedida/UFERSA
Um grupo de professores pesquisadores da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) se reuniu em uma força tarefa para planejar ações de proteção aos asininos, ou como são popularmente conhecidos, os jumentos. As medidas devem ser apresentadas durante o Workshop Internacional de Assistência aos Asininos do Nordeste: Ações no Estado do RN, que acontece desta quarta, dia 12, até o próximo dia 14 de julho.

O jumento, considerado parte da cultura nordestina, atualmente é apontado como problema para as rodovias potiguares. Os animais soltos nas estradas acabam atrapalhando o trânsito e causando mortes. Um projeto sustentável, com interesse de executivos da China, visa instalar em Felipe Guerra, na região Oeste do RN, uma empresa que comercialize o leite de jumenta e a carne do animal. 

O workshop da Ufersa irá reunir, além de pesquisadores e demais membros da comunidade acadêmica da Ufersa, representante do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN – IDIARN, Polícia Federal, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, Universidade Federal Rural do Pernambuco – UFRPE, e instituições internacionais de proteção aos animais.


Já no primeiro dia da programação, a primeira agenda do coletivo será justamente a discussão da problematização da questão, sobretudo traçando ações que visam a proteção e o bem-estar desses animais. Haverá ainda um momento de interação com empresas do setor privado que já demonstraram intenção na exportação da carne e produção do leite de asininos.

A abertura do evento acontece oficialmente às 14h, nesta quarta-feira, dia 12, no Auditório do DECAN 2, localizado no Lado Oeste do Campus Sede, em Mossoró. O rebanho equino brasileiro é o terceiro maior do mundo e o primeiro da América Latina. 

Até o ano passado, a estimativa do MAPA era a de que, somando equinos, muares e asininos, o rebanho equídeo nacional chegasse a 8 milhões de cabeças. O IBGE aponta ainda uma população constituída por mais de 5 milhões de equinos, 1,3 milhões de muares e 1 milhão de asininos.

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido já mante um projeto com o Ministério da Agricultura voltado à proteção de animais, denominado “Projeto Boas Práticas e Capacitação em Bem-estar de Asininos”, em parceria ainda com a USP, Donkey Sanctuary e a Universidade Positivo.

A iniciativa visa identificar alternativas de manejo humanitário da espécie e capacitação de multiplicadores e manejadores, bem como órgãos públicos envolvidos nas políticas públicas voltadas para os asininos na região Nordeste.

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