28 MAR 2024 | ATUALIZADO 17:09
POLÍCIA
Da redação
13/07/2017 13:23
Atualizado
14/12/2018 03:13

Vereador de Jardim de Piranhas é absolvido em Mossoró do assassinato Galego da Rosa

Empresário, que também é vereador, segundo denúncia do MP teria tentado matar Francivan Alves Dantas, o Galego da Rosa, por não gostar de ser cobrado. Ele nega. Veja VÍDEO, depoimento e FOTOS
A história de filme americano que foi levado a júri popular no Fórum Municipal de Mossoró não convenceu os sete membros do conselho de sentença como tendo ocorrido na vida real.

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Empresário João Maria Macado, de Jardim de Piranhas, no banco dos réus em Mossoró


O empresário vereador João Maria Soares Brito, de 38 anos, de Jardim de Piranhas, segundo os jurados, não matou o comerciante Francivan Alves Dantas, o Van Van, há sete anos.

João Maria foi absolvido pelo Conselho de Sentença deste assassinado, que aconteceu no dia 16 de janeiro de 2010 e o inquérito policial só foi relatado no dia 30 de novembro.

O julgamento, sob a presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros começou de 9 horas e terminou de 14 horas, com a presença de várias autoridades de Jardim de Piranhas.

Van Van, também conhecido por Galego da Rosa, já respondia por crimes de assaltos, na região de Teixeira, na Paraíba. Estava em liberdade condicional quando foi assassinado.

Em Jardim de Piranhas, Van Van namorava a empresária Clesilma Germano de Lacerda Araújo, a qual o réu João Maria Macaco, como é muito conhecido, devia R$ 130 mil.

Na denúncia inicial do Ministério Público Estadual, Van Van passou a cobrar a dívida de R$ 130 mil e João Maria Macaco e este teria planejado matá-lo de forma cinematográfica.

João Maria teria convidado Clesilma, Van Van (o filho de Clecilma, na época tinha 10 anos, foi junto) para conhecer um prédio que ele queria entregar a ela pela conta.

João Maria deixou sua moto na casa de Clesilma e seguiram para o prédio os cinco no mesmo carro. No local, entraram no prédio e lá dentro havia três homens que mataram Van Van.

Nesta quinta-feira, 13, o julgamento começou com a exibição, sob os protestos contrários do promotor, do depoimento de Clesilma Germano e do delegado Getúlio Medeiros.

Getúlio disse que não observava provas que incriminassem João Maria Macaco e que havia dezenas de pessoas do Rio Grande do Norte à Bahia que tinham interesse na morte dele.

Já Clesilma disse que sempre fez negociações comerciais com João Maria Macaco. Às vezes era ela quem ficava devendo R$ 100 mil e às vezes era João Maria. Sempre se deram bem.

Em seguida a testemunha Sebastião Oliveira, de 78 anos, falou que conhecia João Maria desde criança e que depois da morte dos pais havia assumido o comando da família.

A testemunha Francimar Dantas de Oliveira, de 41 anos, também declarou o mesmo. Acrescentou que havia visto na internet que Van Van havia sido preso por assalto.

O réu negou o crime e disse que não tinha razões. Ainda segundo João Maria Macaco, quem ligou para ir ao armazém foi Van Van. "Ele ligou, fui lá na casa e de lá fomos para o armazém".

Assista depoimento na íntegra.
 
Nos debates, o promotor Armando Lucio Ribeiro lançou duras críticas o trabalho de investigação policial do caso feita pelo delegado Getúlio Medeiros.

Segundo Armando Lúcio, a investigação começou no dia 19 de janeiro (3 dias após o crime) e foi relatada à Justiça no dia 30 de novembro e assim mesmo ouviu só três testemunhas.

Ele reclama que sequer os vizinhos do local foram ouvidos oficialmente no inquérito policial e que sumiu do processo uma pulseira de ouro avaliada em R$ 5 mil reais da vítma.

Para o promotor Armando Lúcio, havia fortes indícios de que realmente João Maria Macaco teria planejado e matado Van van, o que foi contestado pelos advogados de defesa.

A defesa no plenário foi feita pelos advogados Guerrison Araújo Pereira de Andrade, Olavo Hamilton Ayres Freire, que defenderam a tese de negativa de autoria.

Ao final dos trabalhos, o Conselho de Sentença optou pela absolvição do réu. João Maria Macaco disse que a decisão foi justa e que não sabia nem porque foi processado.

Fim de Pauta

Ao final do julgamento, o juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros dispensou o Conselho de Sentença da segunda reunião do Tribunal do Júri Popular de Mossoró, ao mesmo tempo que já convocou, através de edital, a próxima reunião do Tribunal do Júri para o dia 1º de agosto próximo.

Notas

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