17 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:21
POLÍCIA
Da redação
19/07/2017 11:09
Atualizado
13/12/2018 03:07

PCC planejava matar dois agentes federais por presídio para pressionar Depen, diz PF

Plano de assassinatos estava sendo colocado em prática desde 2014 para o sistema RDD dos presídios afrouxar; mataram três agentes e a missão da PF com a investigação é barrar as intenções da facção
Cézar Alves/MH
Para pressionar o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) a "afrouxar o sistema" de Regime Diferenciado de Disciplina, o Primeiro Comando da Capital (PCC) planejava matar dois agentes federais de execução penal para cada presídio federal no País.

A organização do plano começou em 2014 e chegou a ser colocado em prática, com as mortes dos agentes Alex Belarmino Almeida Silva, em setembro de 2016, no município de Cascavel/PR; e de Henry Charles Gama Filho, em abril deste ano em Mossoró-RN.

Além das mortes destes dois agentes, os delegados também confirmaram que o assassinato da psicóloga Melissa Almeida, de 37 anos, que atuava no Presídio Federal de Catanduvas, no dia 26 de maio deste ano, também fez parte do plano do PCC. 

No ataque para matar a agente Mellissa Almeida, o bando também terminou baleando gravemente o marido dela, o policial civil Rogério Ferrarezzi. Na ocasião do ataque, o casal estava com o filho de 10 meses no carro, que não foi atingido.

Veja mais em reportagem.


A confirmação foi dada pelos delegados da Policia Federal Mário Sérgio, que investiga a execução de Henry Charles; Osvaldo Scalezi Junior, delegado regional de combate ao crime organizado; e Samuel Elânio, chefe da Delegacia Regional da Polícia Federal em Mossoró.

Nesta quarta-feira, 19, a Polícia Federal deflagrou a Operação Força e União, para barrar o plano do PCC de matar agentes federais de execução penal no País.

Veja mais
Execução do agente Henry começou a ser planejada em 2014

Com relação à execução do agente Henry, em Mossoró, o delegado Mário Sérgio, que investiga o caso, declarou que está 80% resolvido. Ele confirmou também que as prisões que foram feitas e o que foi apreendido motivaram o pedido de mais prisões e mais buscas.

Dos cinco mandados de prisão preventiva pela Justiça Federal, o delegado Mário Sérgio, evitando citar nomes (investigação continua), disse que quatro foram cumpridos e o outros os agentes estão em campo para localizar o suspeito e também prender. 

Outra informação é que durante as buscas e apreensões, os agentes conseguiram apreender armas e cerca de R$ 60 mil em dinheiro. Os delegados não informaram, por uma questão estratégica de investigação, o local em que ocorreram estas prisões e apreensões.

Ainda conforme Mário Sérgio, neste primeiro momento foi possível apontar, com relativa precisão, que os considerados líderes do PCC, do eixo Rio/São Paulo, foram quem planejaram matar dois agentes para cada presídio federal no País em 2014.

O assassinato do agente Henry, segundo o delegado, não foi em função do trabalho dele específico e sim por ter sido fácil levantar seu dia a dia, repassar para os chefes do comando do PCC e de lá vir a ordem e as condições para executá-lo em Mossoró.

Os três delegados federais informaram que as investigações que estão em curso vão continuar para localizar e prender outros bandidos e garantir que a facção (os três delegados evitam falar o nome da facção) PCC continue a matar agentes federais de execução penal. 

Os delegados comentam sobre o trabalho para desarticular o plano do PCC para matar agentes federais de execução penal no País.


 

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