O Tribunal do Júri Popular, em Mossoró, condenou nesta quarta-feira (02), o mecânico Marcos Vitor da Silva, de 22 anos, o "Vitor Botinha", a 13 anos e 4 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de David Rodrigo da Silva, o "Dacola". O crime aconteceu em 3 de maio de 2016, no bairro Aeroporto II, motivado por vingança. Dacola teria ameaçado Botinha.
Conforme a decisão, dada pelos sete jurados que formaram o Conselho de Sentença, Vitor Botinha pegou 12 anos de prisão por homicídio qualificado e 1 e 4 meses de prisão por usar um adolescente para efetuar o crime contra a vítima.
Os trabalhos foram coordenados sob à presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. A acusação ficou por conta do promotor de justiça Ítalo Moreira Martins; e a defesa pelo advogado Abraão Dutra Dantas. O julgamento começou às 10h no Fórum Municipal Silveira Martins.
Segundo consta no processo, o réu levou o adolescente numa moto até uma oficina de motos onde a vítima estava no bairro Aeroporto II e lá assistiu ao crime e deu fuga ao atirador.
Durante a instrução processual, o réu Vitor Botinha admitiu que Dacola havia tentado mata-lo meses antes. Este teria sido o motivo do crime. No local da ocorrência, a vítima Dacola ainda tentou correr, mas foi alcançado e assassinado.
Segundo consta no processo, o réu Vitor Botinha tem antecedentes criminais, inclusive seria ele o autor de outro homicídio. Ele também responde por assalto e tráfico de drogas. Familiares da vítima Dacola relataram que ele se queixava que estava sendo ameaçado pelo acusado.
Teve testemunha que relatou que no momento do crime, o adolescente que executou Dacola ficava gritando que era do PCC que alí se tratava de um acerto de contas. Vitor Botinha e o adolescente, quando ouvidos pela Justiça, negaram o crime.
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