26 ABR 2024 | ATUALIZADO 20:04
ESTADO
Da redação
06/08/2017 19:17
Atualizado
14/12/2018 06:49

Ceará registrou 10 mortes por calazar só este ano

No Rio Grande do Norte, registros de 2010 e 2011, apontavam número elevado de casos de calazar em Ceará Mirim, Macaíba e principalmente na região de Mossoró
O vizinho estado do Ceará enfrenta epidemia de calazar há mais de dez anos. Só este ano já morreram 10 pessoas vítimas da doença. São 157 casos confirmados em humanos.

A notícia é do Jornal Diário do Nordeste.

A médica veterinária Ana Paula Bouty, que assessora da Secretaria de Meio Ambiente, de Fortaleza, destaca que o calazar está presente em todas as cidades do Ceará.

Em Fortaleza, Ana Paula Bouty informa que toda a região metropolitana tem registros de casos de calazar no cão e também de casos de transmissões para humanos.

No Ceará, este problema não começou agora. Já tem mais de 10 anos. É considerado epidêmico. Em 2006, foram registrados 683 casos, com 29 óbitos.

No País, o quadro também é muito grave. De 2000 a 2011, foram 2.704 mortes em função do calazar. Os Estados da Região Nordeste apresentam maior gravidade.

No Rio Grande do Norte, registros de 2010 e 2011, apontavam número elevado de casos de calazar em Ceará Mirim, Macaíba e principalmente na região de Mossoró.

Como os programas de zoonoses ou foram desativados ou não divulga seus atos, não se tem conhecimento de números atualizados de casos de calazar no cão ou em humanos.

Nos hospitais que fazem o tratamento (Rafael Fernandes e Gizelda Trigueiro), o número de casos procurando por tratamento para se curar da doença é constante.
 
A transmissão
 
O calazar é transmitido pelo mosquito palha, que fica geralmente no solo único, local que o cão também gosta de ficar. Daí ele infecta o cão, que espalha a doença.

O mesmo mosquito, quando pisamos neste solo úmico, faz com que este mosquito salte do solo e grude nas pernas dos humanos, também transmitindo o vírus.

Os veterinários do Ceará destacam que o avanço do calazar é um reflexo da falta de educação da própria população para com o trato com o animal e também com lixo.

Além de cuidar do lixo de casa adequadamente, não deixando acumular no quintal, é preciso principalmente manter as vacinas contra a doença nos cães em dia.
 
Sintomas no humano
No ser humano, o primeiro sintoma é febre que não se cura com a medicação normal. Depois começa com perca de apetite, crescimento do abdômen, seguida com pele amarelada.

Em Mossoró, o tratamento começa num anexo no Hospital Refael Fernandes, onde o cidadão pode ter acesso ao teste rápido. Sendo positivo, faz o exame chamado mielograma.

Concluídos os exames e confirmada a presença do calazar no corpo, o tratamento deve ser feito numa unidade hospitalar com leito de UTI de suporte, pois é muito doloroso.

Como em Mossoró não tem, o caminho mais adequado é a família procurar ajuda no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal, para fazer o tratamento, que demora de até 4 meses.
 
Sintomas no cão
No cão, os primeiros sintomas de calazar é perda de peso, perda de apetite, queda nos pelos, lacrimejamento, lesões no focinho, na ponta das orelhas e em outras partes do corpo.

O cão também tem crescimento desproporcional da região abdominal e crescimento acelerado das unhas. Não existe tratamento para o cão oferecido pelo serviço público.

A recomendação é o sacrifício do animal.

Notas

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