19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
POLÍCIA
Da redação
09/08/2017 16:27
Atualizado
12/12/2018 06:44

Em nota, governador diz que não houve intenção de desmerecer a imprensa

Ao comentar a cobertura da imprensa na área de segurança, o governador demonstra preocupação com a disseminação da sensação de medo à população, desproporcional à realidade, que já é duríssima;
O Governo do Estado do Rio Grande do Norte divulgou nota no final da tarde desta quarta-feira esclarecendo a fala do governador em entrevista em Natal, afirmando que a mídia potencializa a violência.

Os esclarecimentos, que seguem abaixo na íntegra, foi uma resposta a nota de repúdio emitida pelo Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Norte. Veja também abaixo o conteúdo na íntegra.

A sequencia de notas divulgadas começou com o Conselho Regional de Medicina, que solidariza com as vítimas da violência do RN. Veja também abaixo.


NOTA À IMPRENSA
 
A respeito da repercussão de declarações sobre a cobertura da imprensa com relação a casos de violência no Rio Grande do Norte, o Governo do Estado vem a público esclarecer que:
 
1 - O governador Robinson Faria sempre manteve uma relação não só de respeito, mas de amizade com a imprensa potiguar. É a imprensa uma das grandes parceiras para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte e não houve da parte do governador a intenção de desmerecer o sério trabalho jornalístico dos veículos de comunicação do nosso Estado;
 
2 – Ao comentar a cobertura da imprensa na área de segurança, o governador demonstra preocupação com a disseminação da sensação de medo à população, desproporcional à realidade, que já é duríssima;
 
3 - O combate à violência é responsabilidade do governo, que tem assumido com coragem, postura de acompanhamento e cobrança permanentes e disposição de vencer essa guerra, reflexo de uma problemática que aflige todo o país;
 
4 - Não há como retomar o sentimento de segurança e paz sem uma aliança inquebrantável entre governo, imprensa e sociedade.
 
Assessoria de Comunicação
Governo do Estado do RN
 

Sindjorn lança nota contra declaração de Robinson Faria

NOTA

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte reprova veementemente a declaração dada nesta terça-feira (8) pelo Governador Robinson Faria de que o trabalho da imprensa potiguar é um dos responsáveis pela sensação de insegurança nos cidadãos potiguares. A declaração do governador desrespeita toda a classe jornalística, além de querer mascarar uma realidade vista nas ruas do Estado e confirmada através de dados de pesquisas e instituições como o Atlas da Violência e o Observatório da Violência Letal Intencional do RN (OBVIO).
Num estado onde o número de assassinatos já se aproxima dos 1.500 só em 2017 e que facções impõem medo em diversas partes do Estado, não cabe à imprensa resolver este problema. Isto deve ser uma postura de Governo. À imprensa cabe noticiar os fatos e não omitir informações e dados públicos à sociedade, e é o que colegas jornalistas têm feito todos os dias.
Minutos após a equivocada declaração do Governador a uma emissora de rádio de Natal, um tio da primeira dama, Julianne Faria, foi baleado durante o enésimo assalto a uma farmácia da capital potiguar. Precisa dizer algo mais?
Reforçamos nosso apoio aos colegas jornalistas em seu trabalho vital para a sociedade potiguar, e nos solidarizamos com as milhares famílias e vítimas de violência no Rio Grande do Norte.

 
NOTA DE REPÚDIO
            
Os médicos do Estado do Rio Grande do Norte, através do seu Conselho Regional de Medicina e demais entidades médicas se solidarizam com as vítimas da violência desmedida que afeta o nosso Estado. Violência esta que hoje impede que criança se desloque para a escola e que anciãos tenham acesso à farmácia para que não lhe falte o remédio. Por um lado pequenos norte-rio-grandenses tentando fazer história e por outro lado pessoas de bem, com belíssimas histórias para contar. Todos são testemunhas da grave degeneração do sistema de segurança que hoje afeta ambientes sagrados como escolas, hospitais, igrejas. Todos perplexos com a avalanche de fatos bárbaros e abomináveis que se acumulam com uma incidência descomunal. Repudiamos aqueles que durante anos praticaram a corrupção em detrimento de uma educação. Entendemos que a falta de investimento em educação básica serviu de estrume para a criação da barbárie que hoje assola nosso Estado e nosso País. Repudiamos o tempo perdido com promessas eleitoreiras que acobertavam a ausência de planejamento para áreas essências. Repudiamos o populismo demagogo daqueles que se dizem detentores do monopólio da bondade e em nome desse discurso se locupletaram com o dinheiro público país a fora. Os médicos em consonância com o sentimento de toda a população do Estado cobram respostas eficazes dos órgãos competentes para que se possa viver com o mínimo de dignidade.

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