02 MAI 2024 | ATUALIZADO 07:18
MOSSORÓ
Da redação
15/08/2017 15:17
Atualizado
14/12/2018 08:37

Não foi aqui o equívoco. Aqui foi a solução, diz o obstetra da Maternidade Almeida Castro

Declaração do médico Luis Dalama ao lado do colega Manoel Nobre foi em repostas as ilações e informações falsas de que desapareceu um recém-nascido da Maternidade Almeida Castro
Os obstetras Luís Dalama e Manoel Nobre rebateram na manhã desta terça-feira, 15, as ilações e falsas informações veiculadas nas redes sociais e também em “sites”, reportando suposto desaparecimento de um bebê durante o parto no Hospital Maternidade Almeida Castro.
 
“O que aconteceu foi seguinte. Ultrassonografia é ume exame complementar. Ela tem a possibilidade de não está correspondendo a realidade. Ela chegou aqui na noite de quinta-feira, 10, com dores, dizendo que tinha uma gravidez gemelar”, diz Manoel Nobre.
 
Manoel Nobre, que é capitão da PM, continuou: “Foi feita uma ultrassonografia aqui no hospital e ficou constatado que só tinha um feto e o feto estava quase entrando em sofrimento. Foi preciso fazer uma cesariana de urgência”, acrescenta o médico obstetra.
 
“O doutor Luís Dalama foi quem fez a ultrassonografia e deu o diagnóstico com a gravidez único. E eu fiz o procedimento cirúrgico. Eu que fiz a cesariana desta mulher juntamente com o esposo dela, para ser testemunha do ato cirúrgico”, informa Manoel Nobre.
 
Foi mostrado ao mesmo que só tinha um feto dentro da cavidade uterina. Foi mostrada a ele, a ela, e a todos os profissionais de saúde que estavam na sala de cirurgia”, destaca o médico obstetra Manoel Nobre, ao lado do colega obstetra Luís Dalama.
 
“Antes da cirurgia foi conversado com a mesma, com a paciente, e conversado com o esposo dela. Eu e Luís Dalama orientamos que ele participasse do ato cirúrgico dentro da sala de cirurgia. Se tivesse mais alguém da família certamente eu teria colocado. Exatamente para tirar este tipo de dúvida”, explica o médico com mais de 25 anos de experiência.
 
“Isto acontece muito. Chega paciente as vezes do interior aqui, dizendo que tem uma gravidez única e é dois e vice e versa. E sempre a gente bota familiares dentro da sala de cirurgia como testemunha. Acho que é a maneira mais fácil de ser resolvida”, diz Manoel Nobre, que é o delegado do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte.
 
“Eu acho que esta paciente deve ter tido esta gravidez, com a expectativa de ter gemelar, deve ter, de certa forma, achado que teve dois. E na realidade só tinha um feto. O hospital se responsabiliza por esta situação. E fui eu que fiz o procedimento e digo a vocês com toda certeza que só tinha um feto dentro do útero da mulher”, conclui Manoel Nobre.
 
Sobre a prisão do marido da paciente, o médico explicou que aconteceu exatamente porque ele dizia que havia assistido o parto e testemunhou o nascimento de uma menina e a mulher gritava que se tratava de duas meninas. “Eles discutiram com relação a isto”, disse.
 
O jornalista Vilcemar Alves falou sobre as ilações veiculadas nas redes sociais que coloca em cheque os profissionais e a maternidade. O médico obstetra Luís Dalama disse que é preciso lembrar que é aqui o fim de toda gestação. É aqui que vamos descobrir estas situações, de erros, de um mal pre-natal, de condução equivocada no pré-natal, entendeu?”, diz.
 
“Agora, o que aconteceu com esta paciente. A gente lamente muito, a gente pensa nesta situação psicológica dela. Mas infelizmente a gente tem que dizer para ela que havia apenas um feto. Foi um equívoco que aconteceu infelizmente e não foi aqui que aconteceu. Aqui foi a solução”, destaca o médico Luiz Dalama.
 
 
O Hospital Maternidade Almeida Castro
 
O Hospital Maternidade Almeida Castro está sendo administrado desde outubro de 2014 por uma junta de interventores nomeados pela Justiça Federal, com a missão de fazer a recuperação financeira, jurídica, física e principalmente garantir o serviço materno infantil para milhares de mães da região Oeste do Rio Grande do Norte.
 
A unidade, que no início estava fechada, atualmente está funcionando com aproximadamente 180 leitos, sendo que 50 de atenção especial ao recém-nascido com baixo peso ou prematuro. Também tem 8 leitos de UTI adulto, o que garante apoio a mulher no trabalho de parto.
 
Em 2016 nasceram 4.491 bebês, sendo que deste total, 911 foram com baixo peso e prematuros. Nos primeiros sete meses de 2017 já nasceram 3.642 bebês, destes 971 com baixo peso ou prematuro. No mesmo período em 2016 nasceram 2.369, ou seja, em 2017 nasceram a mais 1.273 bebês de janeiro a julho do que no mesmo período em 2016.
 
Uma média de 20 bebês nasce todos os dias no Hospital Maternidade Almeida Castro. São cinco obstetras, dois anestesiologistas e dois pediatras de plantão, além de toda a equipe de enfermagem (66 profissionais) e demais servidores da casa.
 
O Hospital Maternidade Almeida Castro é mantido com recursos do SUS, com contrapartida do Estado e do Município, valores estes acertados em juízo. Todo o trabalho é fiscalizado de perto pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e Ministério Público do Estado, além dos Conselho Regional e Federal de Medicina.

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