19 ABR 2024 | ATUALIZADO 10:48
MOSSORÓ
Da redação
18/08/2017 17:21
Atualizado
13/12/2018 16:04

Prefeitura retira crianças de uma praça e dá concessão em outra para um circo se instalar em Mossoró

Pais de crianças, agentes públicos e comerciantes que vendem crepes, pipocas, sanduíches, cachorro quente, alugam carrinhos e motinhas elétricas, estão indignados, pois foram expulsos das praças
Edivania Santos
Para que serve as praças se não para as crianças brincarem? Em Mossoró as praças públicas que estão utilizáveis (pelo menos três, no Centro, estão inviáveis), estão sendo aberto concessões para instituições privadas cerca-las com grades e instalar até circo.

É exatamente isto que está acontecendo na Praça de Eventos, da Avenida Rio Branco, o que tem rendido protestos dos mossoroense e até pessoas de outras cidades que precisam do espaço público no seu dia a dia principalmente para práticas de exercícios e lazer.

As motinhas e carrinhos elétricos que as famílias alugavam de comerciantes para as crianças brincarem, foram retiradas à força semana passada pela Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, por orientação da Prefeita Rosalba Ciarlini, da praça do Teatro, que fica perto.

Além das pessoas que alugavam carrinhos e motinhas elétricas, a prefeita Rosalba Ciarlini, que é pediátra por formação, também mandou a secretaria de Meio Ambiente e Serviços Urbanos retirar vendedores de pipcoas, crepes e até de algodão doce que ficavam ao lado da praça.

Nas duas praças, ficaram sem renda mais ou menos 20 famílias.

Alegaram na época que estava danificando a praça e que havia recomendação do Ministério Público Estadual para retira-las. O que causou estranheza nos comerciantes foi o fato de que logo em seguida própria prefeitura botou 22 carros da Guarda Municipal na Praça.

Agora estão sendo expulsos e impedidos de práticas de exercício e também de lazer com os filhos a Praça de Eventos. O local foi cercado com grades, teve o piso danificado para instalar o mastro principal e os secundários, trabalho realizado a marretadas durante o dia.

Outras opções de lazer seriam as praças do Paz, da Igreja Matriz e Bento Praxedes (Codó), entretanto, estes logradouros públicos estão sujos, escuros e, no caso da Praça Antônio Vigário Joaquim, em frente ao Banco do Brasil, está com o piso danificado e fedendo.

Os proprietários de motinhas e carrinhos elétricos para alugar as famílias nestas praças estão indignados. Em tom irônico, Edivania Santos, que atuava na praça do Teatro Municipal e foi posta para fora sem nenhuma explicação plausível, escreveu no seu perfil no Facebook.

“Agora pode fazer isso com nossa praça de evento!!! Motinhas não ne Sr Prefeita Rosalba??? 11 dias sem trabalhos e sem resposta. Agora aqui teve uma licença publicar”. Edivania Santos, que é esposa do fotógrafo social Claudio Roberto, e está revoltada com o quadro.

Um agente federal que pediu para não ser identificado, apontou o caso da colocação do circo em cima da praça como um crime contra o patrimônio público, passível de investigação do Ministério Público Estadual com atuação em defesa do Patrimônio Público.

O agente federal faz referência a dois fatos. Primeiro foram colocadas duas carretas em cima da praça e vão chegar outras. Depois foram estouradas as calçadas para fixar as grades e também o piso da praça para colocar o mastro principal e os secundários do circo.

Perto do local, poderia ser uma boa opção para as brincadeiras de crianças. Existe um parque temático, com castelos e outros vários outros aparelhos, que estão todos abandonados. Alguns já com sinais claros de deteriorização, sem condições de uso.











No Instagram, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura explicou a presença do circo na praça.

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