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MOSSORÓ
Da redação
20/08/2017 13:10
Atualizado
13/12/2018 15:18

Empresário Tião Couto diz que Hospital Regional Tarcísio Maia "fede a abatedouro de galinhas"

“Saí de lá chorando ao ver os idosos deitados literalmente no chão", diz Tião Couto, fazendo referência a falta de tratamento complementar no município de Mossoró que entope do HRTM
O empresário Tião Couto, que se coloca como pré-candidato ao governo do Rio Grande do Norte, disse: “outro dia, visitei o Hospital Regional Tarcísio Maia e saí de lá chorando ao ver os idosos deitados literalmente no chão e o hospital fedendo a abatedor de galinhas...”.

A declaração do empresário foi nos microfones da Rádio Princesa do Vale, neste final de semana, durante entrevista aos radialista Jarbas Rocha e Gustavo. “É triste ver uma fila de quase 2 mil pessoas para cirurgias eletivas, fila com mais de 10 por UTI só em Mossoró”.

A superlotação do Hospital Regional Tarcísio Maia é gerada por dois fatores. O principal deles é que as pessoas que lá estabilizam sem quadro de saúde, deveriam ser enviadas para fazer o tratamento eletivo, complementar, pela rede de saúde pública do município.

Ocorre que este serviço foi suspenso no início do ano de 2017, quando a prefeita Rosalba Ciarlini assumiu, deixando crescer de forma assustadora a fila de pessoas por todos os tipos de cirurgias, em especial ortopédicas, que superlotam esta unidade de saúde.

O segundo fator que superlota o HRTM é que a reforma e ampliação contratada em 2012, quando a governadora era Rosalba Ciarlini, ainda não foi concluída. Deveria dobrar número de leitos de UTI, assim como também de clínica cirúrgica e médica.

O HRTM completou 30 anos de fundação em 2016, sendo que durante estas três décadas não passou por nenhuma ampliação, enquanto que a população da região praticamente triplicou, tornando-o pequeno em espaço e recursos humanos para a demanda da região.

Também não se modernizou com novas ferramentas tecnológicas nestas últimas 3 décadas. Seus arquivos são todos de papel, inclusive a farmácia e a nutrição, o que dificulta o trabalho dos profissionais no sentido de saber o que está faltando para repor o estoque.

Quanto as cirurgias eletivas, o município anunciou que o Conselho Estadual de Saúde aprovou o Termo de Cooperação Entre Entes Públicos, que prevê um investimento de R$ 11 milhões em cirurgias eletivas e outros R$ 7 milhões em contratação de leitos de UTI por um preço justo.

Isto porque, atualmente, o Leito de UTI em Mossoró é contratado por R$ 478,00 ao dia, quando na capital este valor é de R$ 1.600,00. Com o TCEEP implantado, a Prefeitura de Mossoró vai poder contratar este leito de UTI em Mossoró por R$ 1.500,00/diária.

Estado e Município vão desembolsar por diária de UTI R$ 1 mil reais, sendo que 60% deste valor vem do Governo do Estado e os outros 40% do Município. Soma-se este valor ao repasse do SUS, de R$ 478,00, que é feito todo dia 10 de cada mês para a conta da Prefeitura.

A Prefeitura de Mossoró também informou que está fazendo uma chamada pública para o dia 12 de setembro para contratar os hospitais que vão fazer as cirurgias eletivas. Este processo pode terminar logo ou pode demorar até três meses, dependendo do que for exigido.

Até este processo ser concluído, as consequências reveladas pelo empresário Tião Couto no HRTM continuam. E além disto, segundo revela o médico Manoel Fernandes. “Muitos dos pacientes vão ficar com sequelas para sempre, por não fazer a correção em tempo”, diz.
 
Serviço prejudicado
A superlotação do HRTM causa consequências graves também nos serviços de socorro a população do SAMU. É que devido a superlotação, faltam camas e macas para os pacientes no HRTM e as ambulâncias quando chegam deixam o paciente em suas macas no HRTM. Sem macas para socorrer pacientes, profissionais e ambulâncias ficam parados.

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