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MOSSORÓ
Da redação
25/08/2017 11:07
Atualizado
13/12/2018 13:36

"Me emociono sempre, não tem jeito", diz Seu Castro ao fazer doação para Casa do Estudante

Com o dinheiro arrecadado na 5ª Corida pela Fé, Seu Castro mandou consertar o fogão da Casa do Estudante e comprou Vale-Gás. Direção e estudante agradecem apoio dos mossoroenses.
Cézar Alves/MH
Personalidade bastante conhecida em Mossoró devido às ações solidárias e por ser exemplo de superação, o bancário aposentado e corredor de rua Hermes de Castro Santos Júnior, o Seu Castro, de 68 anos, realizou mais uma doação. 

Emocionado, ele declara: "É uma felicidade imensa, me emociono sempre, não tem jeito".

Desta vez, à Casa do Estudante de Mossoró, que nos últimos anos sofre com o abandono do poder público, foi a beneficiada. 

Com o dinheiro arrecadado na 5ª Corrida pela Fé, realizada em abril deste ano, Seu Castro conseguiu pagar o conserto do fogão da Casa do Estudante e também comprar vales-gás, que serão usados pela Casa. Ao todo, o valor doado foi R$ 800. 

A Corrida pela Fé é realizada desde 2013. 

Seu Castro explicou que a competição nasceu de um promessa que fez a Deus com o intuito de agradecer a ele pela graça da saúde alcançada. 

Ao todo, 100 pessoas participaram da corrida, que todo ano acontece na sexta-feira santa. 

A Casa do Estudante abriga atualmente 90 estudantes das regiões Oeste e Alto Oeste potiguar, que vêm para Mossoró estudar e até trabalhar. É o que explica o diretor-geral da unidade, Valdemar Filho. 

Segundo Valdemar, com a falta de apoio do poder público, a Casa do Estudante tem sido abraçada pela população mossoroense. 

"Toda semana chega doação", afirma o diretor.

Um dos 90 estudantes que moram na Casa é o Técnico de Enfermagem Pedro Marcondes, de 21 anos. Ele é de Frutuoso Gomes, no Alto Oeste, e mora na Casa há 3 anos. 

"Vim para estudar Técnico em Enfermagem, me formei, e hoje faço cursinho e trabalho", explicou Marcondes ao MOSSORÓ HOJE. 

Marcondes afirmou que desde 2014 que a Casa sofre com problemas como a falta de alimentação. Mas, ressalta que a população mossoroense tem sido de fundamental importância para manter a Casa.

"Estamos nos alimentando praticamente por conta de doações do pessoal de Mossoró, o pessoal de Mossoró tem sido muito generoso, tem sempre os eventos, trazem doação para cá, empresários também estão sempre ajudando, o diretor também se esforça bastante para nos ajudar", ressaltou o Marcondes, que vai ingressar em breve no curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA).

"Tenho muito a agradecer ao povo de Mossoró pela ajuda", disse. 

Filho de agricultora, o estudante afirma que sempre busca trabalhar e estudar ao mesmo tempo para que não precise pedir nada à mãe.



"Minha mãe é de baixa renda, procuro sempre me sustentar para não ficar pedindo nada a ela, para não ficar dando preocupação", relata o estudante. 

Pedro Marcondes relata que no início foi muito difícil, por ter que sair de uma cidade pequena e morar num lugar onde não conhecia ninguém. Mas, aos poucos foi se adaptando à nova realidade. 

"São muitas barreiras, muito difícil, no início a gente não conhece ninguém, mas aos poucos vamos aprendendo, fazendo novas amizades, e aí as coisas vão melhorando", disse. 

Segundo o aluno, quando ele disse à mãe que queria vir morar em Mossoró, ela ficou muito preocupada e não gostou muito da ideia. Mas, aos poucos foi se acostumando.

"Quem me deu muito apoio foi meu padrastro. Minha mãe sempre foi muito preocupada e coruja. Mas, ela sempre me ajuda, sempre que eu preciso ela me ajuda, 'faz das tripas coração' para me ajudar", relatou ele. 

"Se algo vem fácil, vai fácil, se algo é difícil, você aprende a dar valor", concluiu o aluno.

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