26 ABR 2024 | ATUALIZADO 15:57
POLÍCIA
Da redação
12/09/2017 18:48
Atualizado
14/12/2018 02:16

"Você quer bala Neguinho, bala vai ter!", falou o réu que será julgado hoje por homicídio

O curioso neste caso é que a inimizade entre vítima e réu começou devido ao fato dos dois serem parecidos fisicamente; O julgamento deve começar de 8 horas e tem previsão de ser concluído antes do meio dia
O servente de pedreiro Ronaldo Vieira de Sousa, de 33 anos, será julgado nesta quarta-feira, 13, pelo Tribunal do Júri Popular, em Mossoró, por ter matado, por motivo fútil, Daniel Félix da Silva, às 17h do dia 28 de novembro de 2010, no bairro Santo Antônio, em Mossoró-RN.
 
No dia do crime, a vítima Daniel Félix estava com um filho pequeno, a esposa Erivânia Fernandes dos Santos e o amigo Robson Alves de Sousa, trafegando numa carroça na direção da casa da irmã. No caminho avistaram Naldinho, como é conhecido o réu, num bar.
 
Na ocasião, a vítima avisou a esposa que aquela pessoa do bar (Naldinho) era seu desafeto. Quando estava retornando para casa, avistou novamente o réu Ronaldo Vieira, numa casa. Desta vez ele estava numa Traxx. O réu teria se aproximado da vítima e atirado.
 
Antes teria determinado que a mulher e a criança se afastassem. A mulher ficou em choque, parada. A criança conseguiu correr. Robson Alves ficou na carroça, mas quando o réu o ameaçou matar ele também também com um tiro, saiu correndo. Daniel Félix terminou baleado e morreu no local.

Segue abaixo o trecho do depoimento de Robson Alves que testemunhou o caso.


No dia 1º de dezembro de 2010, Naldinho se apresentou na policia e confessou o crime de homicídio.
 
Nas explicações, o réu falou que era inimigo de Daniel Félix pelo fato de o mesmo ser parecido fisicamente com ele e que isto gerou uma divergência entre os dois, sendo que Daniel teria o ameaçado por este motivo. Os dois passaram a se ameaçar desde então.
 
Esta versão para o início da inimizada que resultou em morte ainda foi questionada em juízo, se era verdade mesmo e o réu Naldinho confirmou e insistiu que se tratava de mais pura verdade. O processo terminou pronto para julgamento e ficou aguardando data.

O ministério Público Estadual, que atuou na instrução, não acredita nesta versão. Tem motivos para acreditar que a inimizade que terminou em morte tenha sido outro motivo. Ressalta, que mesmo assim, qualquer que seja o motivo, não deixa de ser torpe, fútil...

A principal testemunha do caso foi morar em Caraúbas, com medo de também ser morto como queima de arquivo. A mulher da vítima, Erivânia Santos, também tem medo dele. O Tribunal do Júri deve começar às 8 horas, com o sorteio dos sete jurados.
 
Não tem previsão de oitiva de testemunha em plenário. O réu é possível que seja interrogado pelo juiz presidente do TJP, Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. O promotor de Justiça no caso é Italo Moreira Martins e o advogado de defesa é Gilvan dos Santos Bezerra.
 
A conclusão dos trabalhos está previsto de acontecer antes do meio dia, com o juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros lendo a sentença do réu. Caso seja condenado, poderá recorrer em liberdade, considerando que está nesta condição, apenas da família e testemunhas estarem se sentindo ameaçadas com ele em liberdade.

 O promotor deve pedir condenação por homicídio qualificado, que a legislação prevê de 12 a 30 anos de prisão. Jà o advogado de defesa, Gilvan dos Santos Bezerra, deve alegar que o réu matou a vítima em legítima defesa, considerano que o réu sempre alegou que estava sendo ameaçado pela vítima.


Outro julgamento
No júri desta terça-feira, 12, o fazendeiro Francisco Quedes, de Alexandria, pegou 18 anos de prisão por ter mando matar o vereador e presidente da Câmara de Alexandria Sebastião Jácome de Oliveira, o Jogo, no dia 20 de janeiro de 2000. O réu está foragido há 17 anos.

Veja ais
Fazendeiro pega 18 anos de prisão por ter mando matar vereador de Alexandria há 17 anos

Notas

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