28 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍCIA
Da redação
19/09/2017 19:06
Atualizado
14/12/2018 08:22

Lavador de carros que foi procurar namoro no Jucuri e matou inimigo, senta no banco dos réus

O homicídio aconteceu no dia 21 de maio de 2012 e no dia 15 de junho do mês seguinte, José Gildo foi na delegacia e contou o crime em detalhes; Na Justiça, o réu disse que foi pressionado a confessar
O lavador de carros José Gildo Pereira Braga, de 29 anos, senta no banco dos réus nesta quarta-feira, 20, pelo assassinato de Antônio Jadson Dias de Lima, ocorrido às 19h30 do dia 21 de maio de 2012, na localidade de Jucuri, distante 15 km da zona urbana de Mossoró-RN.

O crime foi confessado pelo réu, em detalhes, no dia 15 de junho de 2012, na II Delegacia de Policia de Mossoró, na presença do seu advogado Antônio Tomaz Neto. Ele narrou que no dia do crime foi à localidade de Jucuri procurar uma possível namorada e lá se encontrou com a vítima.

Disse que efetuou alguns disparos com uma pistola e se afastou. Já as testemunhas no local, destacaram que o assassino chegou numa moto e abriu fogo, tendo atingido três tiros em Antônio Jadson, com quem tinha uma inimizade. O réu não sabe explicar o motivo da inimizade com a vítima.

Durante a instrução processual, o réu trocou de advogado. Passou a ser defendido por José Galdino. Na frente do juiz e o promotor de justiça, José Gildo falou que foi pressionado a confessar o crime ao delegado durante as investigações.

Esta versão, no entanto, não faz muito sentido, diante das colocações das testemunhas e o próprio depoimento detalhado do réu na polícia, que só era possível saber quem estava no local da ocorrência e participando do fato. O que ele narrou, foi o que aconteceu.

E outro fator é que o advogado que nesta quarta-feira vai fazer sua defesa, testemunhou o depoimento ao delegado e, como se trata de um advogado muito sério e responsável, não aceitaria que seu cliente confessasse um crime grave mediante pressão. 

O julgamento deve começar às 8h, com o sorteio do Conselho de Sentença pelo juiz presidente do Tribunal do Júri Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. Instalado o Tribunal, terá início os depoimentos das testemunhas de defesa e acusação perante os sete jurados.

As testemunhas tem o compromisso de falar a verdade, podendo terminar presas e autuadas em flagrante no caso de mentir em juízo. Ouvida as testemunhas, terá início o interrogatório do réu, que, por lei, poderá comparecer ao julgamento ou não. É opcional.

Para os debates, o primeiro a falar é o promotor de Justiça Italo Moreira Martins, que deve trabalhar em cima da tese e homicídio qualificado, ou seja, o réu José Gildo matou a vítima Antônio Jadson por motivo fútil e sem chances de defesa, por ter sido de surpresa.

A defesa do réu será feita pelo advogado que fez a instrução do processo, Jose Galdino.
 
Concluído os debates, o juiz Vagnos Kelly convoca os sete jurados a Sala Secreta, onde serão votados os quesitos postos nos debates. No caso de haver condenação, o presidente do TJP faz a dosimetria da pena. O réu, no caso de comparecer ao júri, pode sair direto para a prisão. Sendo absolvido, retorna para sua casa e segue sua vida.

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