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POLÍCIA
Da redação
21/09/2017 05:46
Atualizado
13/12/2018 11:59

Vigilante do IF em Apodi contratou morte do colega por R$ 1.500 para ficar com o emprego

Homicídio foi contratado junto ao chefe da facção Sindicato do RN e foi executado por um menor e o próprio vigilante que ficou com o emprego da vítima Cabral Neto, muito querido no município
O vigilante José Edilson Pereira da Silva, filho de um policial aposentado, segundo apurou a Polícia Civil, mandou matar o também vigilante Francisco Cabral Neto, de 52 anos, para ficar com o emprego dele no Instituto Federal de Educação Tecnológica, de Apodi.

Com a prisão de José Edilson, o delegado Renato Oliveira considera o caso encerrado, inclusive confirmando o motivo: "foi para ficar com a vaga de vigilante na empresa que presta este serviço no IFRN de Apodi", destaca Renato Oliveira.
 
Francisco Cabral foi assassinado quando chegava em casa, depois de mais um plantão, no dia 11 de abril de 2017. Como se tratava de um cidadão muito querido na cidade, houve toda uma mobilização da população para ajudar a polícia a identificar os assassinos.
 
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Cabral Neto é de família tradicional e de poses em Apodi e trabalhava de vigilante no IF porque gostava. 

O primeiro a ser capturado foi um menor, que confessou friamente o crime. Na época, ele disse que matou juntamente com um comparsa para roubar a mochila e a moto, mas o delegado Renato Oliveira desconfiou desta versão. Faltava algo que complementasse o caso.
 
As investigações continuaram e mais informações foram levantadas. O delegado conseguiu juntar dados que apontava para crime de encomenda. O nome de José Edilson surgiu logo em seguida, associado ao menor já preso. Este menor é filho de um policial.
 

Bigulão seria o líder do Sindicato do RN e teria recebido R$ 1.500 para ordenar o menor a matar Cabral Neto

O segundo a ser preso pelo assassinato de Cabral Neto foi Igor Vinicius de Lima Neris, o Bigulão (foto acima). Esta prisão aconteceu semana passada. O terceiro a ser preso foi José Edilson, na manhã desta quinta-feira, 21, em Apodi. Acompanhado com advogado, ele confessou o crime em detalhes.
 
Em seu depoimento, José Edilson, que só ocupava a vaga de vigilante no IF quando algum outro vigilante tirava folga ou férias, detalhou que havia discutido com Cabral Neto 15 dias antes do crime. Um dos motivos da discussão seria exatamente o emprego.
 
Depois disto, José Edilson narrou que procurou o bandido conhecido por Bigulão, que seria o chefe do Sindicato do RN (Facção criminosa dos presídios), em Apodi, e o contratou por R$ 1.500,00 para matar o vigilante Cabral Neto, que é de família tradicional na cidade.
 
Bigulão determinou que o menor, que também se diz membro do Sindicato do RN, o ajudasse a cometer o assassinato.  No dia do crime, José Edilson ficou de tocaia da vítima Cabral Neto num posto de combustível perto do Fórum Municipal, já na companhia do menor.
 
Quando a vítima passou em sua moto na direção de casa, vindo do trabalho, os dois o seguiram. Quando ele chegou em casa e foi abrir a porta, o menor desceu da garupa da moto pilotada por José Edilson e efetuou os disparos a queima roupa, matando-o no local.
 
“O caso está encerrado. Foi tudo esclarecido, com investigados presos e confessando o crime em detalhes. Queremos agradecer o apoio que recebemos da população e principalmente o empenho dos agentes durante as investigações”, conclui o delegado Renato Oliveira.

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