29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍTICA
Da redação
27/09/2017 16:17
Atualizado
12/12/2018 16:33

Vereador Raério Araújo diz que suspender cirurgias eletivas é "um crime contra a vida"

Para o vereador, já existe mais de 3 mil pessoas precisando de cirurgia eletiva em Mossoró e a situação mais grave são as pessoas internadas no Hospital Tarcísio Maia, que correm risco de contrair bactéria
Edilberto Barros
O vereador Raerio Araújo, em seu perfil no Facebook, fez um comentário duro, porém realista, a respeito da suspensão das cirurgias eletivas pela prefeita Rosalba Ciarlini no início de 2017. O MOSSORÓ HOJE tem alertado para o estrago nas vidas das pessoas em função desta decisão, classificada pelo vereador como “um crime contra a vida”.

“É assim que vejo a paralização das cirurgias eletivas, pessoas sofrendo, aguardando cirurgias ortopédicas, oftalmológica dentre outras”, escreveu o vereador, lembrando que as cirurgias eletivas de pessoas internadas ou em situação emergencial (idosos e crianças) estavam sendo feitas no Centro Cirurgico da Maternidade Almeida Castro até dezembro de 2016.

Neste intervalo que jás e aproxima de 9 meses da suspensão das cirurgias, Raerio Araújo calcula que mais de 3 mil pessoas esteja aguardando cirurgia eletiva em Mossoró, mesmo considerando que um número elevado de vítimas desta decisão já se desfez de seu meio de transporte para custear uma cirurgia eletiva ortopédica, ginecológica, entre outras, no sistema de saúde particular.

A situação mais grave, que o vereador Raero Araújo destaca, são dos pacientes que estão internados no Hospital Regional Tarcísio Maia, sujeitos a contrair uma bactéria e morrer, aguardando uma cirurgia eletiva para complementar o seu tratamento, em sua maioria, ortopédica. O médico Manoel Fernandes complementa, explicando que em muitos casos o osso já calcificou e vai ficar torto.

Raerio acrescenta: “Não tão distante, na assistência básica falta medicamentos, material de trabalho, estufa para esterilização de materiais e sobra insegurança no país de Mossoró”. As reclações são sucessivas. Nesta quarta-feira, 27, os médicos em contato com o MOSSORÓ HOJE, reclamaram que não tem medicamentos e nem insumos suficientes para atender mais de 2 mil pessoas nas UPAs de Mossoró.

“Quando falamos, podem crê, falamos com tristeza e com intenção de alertar ao executivo, para que o mesmo venha a sair da inércia e fazer verdadeiramente algo que não seja coagir ou fantasiar que tudo está no rumo certo”, finaliza o vereador.

Sobre as cirurgias, a Prefeitura de Mossoró, através de seu secretário Benjamim Bento, tem informado que abriu chamada pública em setembro para contratar os hospitais para fazer as cirurgias eletivas, que ele mesmo suspendeu no início de 2017.

Atualmente só é possível conseguir uma cirurgia eletiva se for via judicial, um caminho que as famílias mais humildes não conhecem. Pode ser através das Defensorias Públicas do Estado e da União, ou ainda, através as práticas jurídicas das faculdades de direito de Mossoró.

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