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VARIEDADES
Da redação
28/09/2017 14:49
Atualizado
14/12/2018 10:23

Companhia de Teatro Cidade Viva leva "O Louco" a Hidrolândia, no Ceará

Próximo voo da companhia de teatro criada em 2015 pelo diretor teatral Wilson Ribeiro é rumo ao velho continente. Vão passar temporada de dez dias no Vale do Reno, na Alemanha
Eduardo Mendonça
A Companhia de Teatro Cidade Viva leva“O Louco”, de Mossoró, para a bela cidade cearense de Hidrolândia, nos dias 29, 30 e 1º de outubro deste ano. Os 21 artistas da companhia, formados e dirigidos pelo diretor teatral João Wilson Leite Ribeiro, estão arrumando as malas, também para passar uma temporada de dez dias se apresentando nas cidades do Vale do Reno, na Alemanha.

Para o velho continente, o embarque será no dia 16 de fevereiro. Para o Ceará, a companhia de teatro embarca neste final de semana. Vão ministrar uma oficina para 45 alunos na Escola Profissionalizante de Hidrolândia. No dia 30, terá apresentação no teatro da escola de “O Louco”, com a participação, inclusive, dos 45 alunos que estiverem na oficina.

A CIA de Teatro Cidade Viva foi criada em 2015, por Wilson Ribeiro, em Mossoró. O ator, que chegou terra de Santa Luzia em 2014 para trabalhar, é formado em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília. Também é graduado em Direito e exerce a função de diretor de secretaria da 2ª Vara do Trabalho de Mossoró. É, de fato, um apaixonado pelas artes.



Além de "O Louco", Wilson Ribeiro também esteve à frente de Um Sonho Diferente, A Realidade que nos Cerca, Pra Cima Brasil, O Segredo do Parque, Um Show de Atendimento, e a Vida de Charlie Chaplin. Participou também da Produção de a Ópera “Aída” em Brasília/DR, e do Programa da TV Cultura “É Proibido Colar”, e prepara a peça “Mulheres, Simplesmente Mulheres”, para 2018.

Sobre a Companhia de Teatro Cidade Viva, Wilson Ribeiro conta que surgiu com a profissionalização do grupo de teatro que leva o mesmo nome. É composto por atores de 17 a 60 anos, tanto homens quanto mulheres. Conta com sonoplasta, iluminador, fotógrafo de cena, roteirista e produtor. “Criamos sem medo e encenamos do mesmo jeito”, acrescenta.

O Louco conta a história de um jovem que tem a visão de sua própria morte, decorrente do uso de drogas. É levado ao palco toda a problemática que envolve a família, que passam a ser dependentes com o usuário e a luta da vida contra a morte. Acentuando ainda o envolvimento de jovens com as drogas e suas consequências terríveis no seio social.

És uma história envolvente e impactante, que prende o espectador do início ao fim do espetáculo. Ao todo, são 28 atores. “Busco, sob o crivo do trinômio prevenção-recuperação-repressão, prevenir o cometimento de atos infracionais por meio de prevenção e combate ao uso de drogas lícitas e ilícitas, um ataque frontal a base central da violência no Brasil", diz.

No Brasil, com 190 milhões de habitantes, são registrados mais de 60 homicídios ao ano. Só no Rio Grande do Norte, que tem 3,2 milhões de habitantes, foram registrados mais de 2 mil homicídios em 2016, conforme consta no Observatório da Violência do Rio Grande do Norte. Nos primeiros 9 meses de 2017, já ceifaram a vida de 1.850 pessoas no RN, sendo 174, em Mossoró.

“Vivemos em tempos terríveis. Dentre os males que assolam a sociedade, a droga figura como um dos seus grandes expoentes. Esse mal atinge a humanidade principalmente de quatro formas: primeira, a pessoa-usuária, que vive amarrada a um sistema de criminalidade para de adquirir a droga substância destruidora de sua própria vida”, pontua.

Foto: Eduardo Mendonça


Segundo, “a família da pessoa-usuária, que, dia após dia, é carcomida pelo sofrimento de acompanhar um ente querido destruir paulativamente a própria vida, em razão de sua dependência química”, acrescenta.

O terceiro ponto é o Estado, por assistir sua autoridade sendo afrontada e confrontada pela ação dos traficantes; e o quarto ponto é a sociedade que vive aterrorizada pelas ações criminosas, movidas em torno do tráfico de drogas, da mais leve a mais pesada: furta-se, rouba-se e mata-se em decorrência da maldita droga, em especial pelo Crack, que chegou ao mercado com força em 2005, e agora, mais recentemente, pela Skank. As duas consideradas altamente viciantes e que dificilmente o destino de quem as usa é diferente da morte.

O embarque para o Ceará neste final de mês é um ensaio geral para o embarque rumo ao velho continente. “É claro que, além deste ponto, também vamos está pesquisando, vamos está nos habituando a língua alemã e sua cultura, pois lá as apresentações serão dubladas”, explica Wilson Ribeiro, mostrando-se empolgado com o trabalho e a possibilidades de novos voos.

Apoio
A associação Cultural cidade Viva conta desde seu inicio com o apoio de TRT 21, OAB- Subseção Mossoró, Sindicato dos artistas do Rio Grande do Norte- SATED, MP e outros apoiadores.

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