O empresário Francisco de Assis Neto, popularmente conhecido em Mossoró por Assis da Usibrás, depois de mais de 2 anos de idas e vindas ao Poder Judiciário de Mossoró, aceitou a batida do martelo do juiz trabalhista Magnos Kleiber Maia.
Assis da Usibras, através de seus advogados, fechou acordo na Justiça do trabalho às 15h30 do dia 6 de junho de 2017 para desembolsar uma indenização de R$ 6 milhões para os seus funcionários. Motivo: teria que está pagando insalubridade e não o fazia.
O empresário Assis da Usibras, ao contrário do colega Flávio Rocha, do Grupo Guararapes, não foi para as redes sociais denunciar perseguição do Ministério Público do Trabalho. Propôs e a Justiça aceitou pagar amigavelmente os R$ 6 milhões em 60 parcelas de R$ 100 mil.
Já pagou quatro parcelas, referente aos meses de julho, agosto, setembro e outubro. Estima-se que pelo menos mil servidores da fábrica Usibrás tenha direito receber algum valor referente a esta indenização milionária que está sendo paga.
A guerra, no entanto, está na divisão dos milhões dos servidores, que está sendo feita por Raimundo Pereira da Silva, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Indústria de Óleos Vegetais e Alimentícios e Derivados de Mossoró, que é a autora da ação na Justiça do Trabalho.
O que está claro na sentença é o valor que deve ser compartilhado entre os servidores da Usibras e o valor que deve ficar com o sindicato. São R$ 5 milhões para dividir proporcionalmente para os servidores prejudicados e R$ 1 milhão para o sindicato.
A revolta dos trabalhadores da USIBRAS (MOSSORÓ HOJE tem uma lista assinada por mais de 30) é que o presidente do Sindicato Raimundo Pereira da Silva, ao receber os R$ 100 mil a cada mês, não estaria sendo justo na divisão. Tem trabalhadores sendo preteridos em benefícios de outros.
Também teria trabalhadores sendo excluídos da lista dos que tem direito a receber a indenização pelos danos sofridos na Usibras. Eles (nomes resguardados) reclamam que quem "um toco" a Raimundo Pereira da Silva recebe a indenização mais rápido.
Vários outros trabalhadores disseram que estão revoltados porque o presidente Raimundo Pereira da Silva teria excluído os nomes deles da lista depois que descobriu que estão filiados a outro sindicato. Ele estaria exigindo que voltem a pagar filiação ao sindicato dele.
A partilha dos 5 milhões que compete única e exclusivamente aos servidores prejudicados dentro da Usibras (empresa pagava insalubridade apenas para quem trabalhava num setor, mas na verdade quem trabalhava nos outros setores também tinha direito e não recebia) caminha para desembarcar na Justiça. Espera-se que não seja na Vara Criminal.
Outro lado
O MOSSORÓ HOJE foi informada que a Usibras não vai comentar o caso. Com relação ao presidente do Sindicato, Raimundo Pereira, as tentativas de contatos fracassaram. Nesta segunda-feira, voltaremos a fazer novas tentativas. Caso o presidente deseje, pode entrar em contato neste domingo para esclarecer os fatos ou apresentar sua versão.