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CONCURSOS
Da redação
02/10/2017 12:00
Atualizado
13/12/2018 23:32

Mossoroense relata que fiscal do concurso AGEPEN-CE recolheu gabarito 1 hora antes do horário

João Paulo Cunha disse que o fiscal de sala informou que era 12h15 e por isso tinha que entregar o gabarito; Mas, ao tentar sair da escola com o caderno de questões, foi impedido pelo fiscal de corredor que informou que ainda 11h15.
Muita polêmica rodeia o concurso público para agentes penitenciários do Ceará, que teve prova objetiva aplicada neste domingo, 1º. Além do grupo de 26 pessoas presas por suposta fraude no certame, candidatos reclamam acerca de irregularidades ocorridas no decorrer da aplicação da prova. É o caso do mossoroense João Paulo da Cunha Silva.

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João Paulo informou ao MOSSORÓ HOJE que foi prejudicado porque o fiscal da sala onde ele realizou a prova recolheu os gabaritos antes da hora - informando que seriam 12h15 - limite máximo para finalizar a prova. Achando que podiam levar o caderno de prova para casa, já que era o horário final, os candidatos foram impedidos de sair da escola pelo fiscal do corredor - que informou que ainda era 11h15 e não 12h15, como informou o fiscal da sala.

Um e-mail relatando o que aconteceu foi enviado por João Paulo para ao Instituto AOCP, responsável pela realização do concurso. 

Segundo João Paulo, cerca de 20 candidatos, além dele, também se sentiram prejudicados e informaram que iriam realizar Boletim de Ocorrência em Fortaleza. 

João Paulo relata como aconteceu: "Por falha dos dois fiscais de sala, eu e os outros candidatos da sala 02 fomos induzidos ao erro em relação ao horário, ao informar que estava faltando 30 minutos para o final do certame o fiscal nos pressionou a responder todo o resto da prova diretamente no gabarito. Além de marcar questões que nem foram sequer lidas, por mim e pelos outros candidatos que estavam na mesma sala, nos impossibilitando de ser avaliados de maneira justa pelo certame, com somente 3 horas de prova".

O jovem afirma que, acreditando que o horário para responder a prova, estava acabando, entregou a prova e iria sair da sala, mas foi impedido por outro fiscal de sair da escola com o caderno de questões - pois ainda era 11h15 e não 12h15, como havia sido informado pelo primeiro fiscal.

"Foi pedido pelo fiscal que todos os prejudicados esperassem dentro da sala, e que o chefe local, Rubens iria prestar o auxílio necessário para a situação, após alguns minutos, ele chegou na sala e tentou de maneira clara acalmar os ânimos e nos manter lá até o final do certame evitando assim algum tipo de problema na aplicação das provas", explicou.

Ainda conforme João Paulo, os fiscais se negaram a entregar qualquer documento sobre o ocorrido aos candidatos. "Sugeri uma declaração a mão narrada por ele, e nos foi negado, ele informou na sala que iria fazer um ata para a AOCP com a narração dos fatos e também nos negou cópia ou foto da ata", contou.

João Paulo explicou que ainda pensou em ligar para a polícia, no entanto, foi informado que se usasse o celular no local seria eliminado do concurso.

Além disso, segundo o candidato, os fiscais usaram expressões como: "O certame acabou para vocês, não podemos mais fornecer gabaritos ou o tempo necessário" e "Nós só podemos indicar que procurem na justiça os seus direito".

João Paulo conclui que os fiscais demonstraram de maneira clara a não prestação de auxílio aos candidatos que se sentiram prejudicados.

O mossoroense solicitou ao Instituto AOCP, a aplicação de uma nova prova, indelização de acordo com o investimento do transporte e alimentação, além da lista de presentes na sala 02, e uma cópia da ata que foi feita pelo chefe de local.

Em contato com o MOSSORÓ HOJE, João Paulo também explicou que tentou realizar um boletim de ocorrência, nesta segunda-feira (02), em Mossoró, mas foi orientado que não adiatana muito para o caso. O delegado sugeriu que narrar os fatos judicialmente - o que será feito, confirmou João Paulo.

O MOSSORÓ HOJE enviou questionamentos a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará e ao Instituto AOCP. Até o fechamento desta reportagem, não houve resposta.
 

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