19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:31
NACIONAL
Da redação
04/10/2017 08:12
Atualizado
14/12/2018 08:40

Menino de 12 anos achado debaixo de cama de preso em cela no Piauí vai para casa de acolhimento

Detento fez amizade com pai da criança no presídio; ambos foram encarcerados por estupro de vulnerável.
Divulgação/Sinpoljuspi
O menino de 12 anos encontrado debaixo da cama de um preso no último sábado, no presídio Colônia Agrícola Major César Oliveira, no município de Altos, no Piauí, foi retirado da família nesta terça-feira, 3, e encaminhado par auma casa de acolhimento.A informação é do jornal O Globo.

"Decidimos que a criança deve deixar a família. Ela já foi retiada do poder dos pais e está na casa de acolhimento. A partir daí, a juíza da infância, que vai determinar o que será feito", explicou o conselheira Francisco Moura, do 2º Conselho Tutelar de Teresina.

Segundo Francisca Moura, há contradições nos depoimentos da criança e dos pais. O menor afirma que naquele dia, disse que ficou no presídio porque a bicicleta do pai deu um problema e não teria como voltar. Mas, relatou que não queria ficar lá, foi uma imposição do pai, que prometeu que retornaria cedo para busca-lo. 

"O pai falou do adolescente disse que ele queria ficar. Mas, o adolescente contradiz o pai. E o relato da mãe é que não queria deixar o filho, mas o pai forçou. Acabou que ela foi omissa", disse a conselheira.

O Globo apurou que o pai e o preso eram amigos. A amizade começou na cadeia. Ambos foram presos por estupro de vulnerável. O exame de corpo de delito feito pelo Instituto Médico Legal desqualificou a hipótese de conjunção carnal do menino na prisão. No entanto, a possibilidade de ato libidinoso não foi totalmente descartada.

"O menino disse que ficou na cela com o detento e, quando o detento viu que estava sendo feita uma revista, foi orientado a ficar embaixo da cama. Conjunção carnal foi desqualificada. Se houve ato libidinoso não foi confirmado. Ele (menino) disse que estava na mesma cama que o preso até ouvirem o barulho das revistas. Mas, segundo ele, o detento não tocou nele, nem ele no detento", relatou Francisca Moura.

Francisca Moura relatou a possibilidade de troca de favores entre o pais da criança e do preso. 

"O que percebemos pelas falas é que existia uma troca de favores, mas que foi a primeira vez que o menino havia ficado (na unidade). O detento dava presentes aos pais, e os pais e a criança faziam as visitas a ele. Era amigo da família. O pai já havia cumprido pena também na casa. Fizeram amizade lá, cumprindo pena. Segundo relato do delegado, também por estupro de vulnerável", disse.

O caso está sendo acompanhado de perto  pela Secretaria de Segurança do Piauí (Sejus). 

Com informações O Globo

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