24 ABR 2024 | ATUALIZADO 05:59
MOSSORÓ
Da redação
09/10/2017 08:19
Atualizado
13/12/2018 09:05

[VÍDEO] "Tô cansado de ir para faculdade com medo de ser assaltado", desabafa estudante de Medicina

Eber Júnior Gomes Ferreira, de 26 anos, usou de suas redes sociais para denunciar o caos da segurança pública. Ontem à noite, ele foi um dos que socorreu Luciene Bessa, baleada por assaltantes no Alto de São Manoel.
Reprodução
Após socorrer uma aposentada baleada durante assalto na noite deste domingo, 8, em Mossoró, o estudante de Medicina da UFERSA, Eber Júnior Gomes Ferreira, de 26 anos, desabafou nas redes sociais sobre o caos na segurança e saúde da cidade. 

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"Tô cansado de ir para a faculdade com medo de ser assaltado, cansado de esconder meu celular para não ser assaltado na rua, cansado de ir para o supermercado com medo", desabafou Eber em vídeo. 

O estudante, que é goiano e está no segundo ano de Medicina, relatou que estava chegando em casa, no Grande Alto de São Manoel, quando Luciane Bessa Santos, de 36 anos, foi baleada por assaltantes na rua. Supostamente, ela teria reagido ao assalto. 

Ele conta que ajudou como pode e que em contato com a vítima, aposentada dizia que a culpa do crime teria sido sua. "Ela estava se lamentando e justificando de alguma coisa, e ela não é culpada". 

"A violência está crescente em Mossoró e eu não vejo uma ação dos políticos em relação a isso. Político é funcionário nosso, não precisamos ficar implorando, temos que exigir", relatou.

"Não dá para justificar a violência com argumentos do tipo, é violento em todo lugar do país,  beleza, mas eu não moro em todo lugar do país, eu moro aqui, eu preciso de segurança aqui, eu pago imposto aqui", falou Eber, direcionando sua fala a vereadores e a prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini. 

Ele ainda relata: "Não dá mais para tolerar, tô cansado de ir para a faculdade com medo de ser assaltado, tô cansado de esconder meu celular num saco para não ser assaltado na rua, cansado de ir ao supermercado com medo, tô cansando de tudo, eu lembro que quando eu era criança, um assalto era um evento, hoje em dia, parece uma coisa corriqueira, normal, e não é, nós temos direito a segurança, precisamos de medidas efetivas para resolver esse problema". 

Eber Júnior também cita os problemas enfrentados pela Saúde de Mossoró. Segundo ele, a ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) demorou 30 minutos para socorrer Luciane Bessa, que foi atingida na coxa direita.

"Fui lá ajudei a mulher, fiz o possível dentro dos meus limites, porque ainda sou estudante de Medicina, fiquei olhando a pulsação dela, conversando com ela para ela ficar responsiva, ligamos para o Samu, mais meia hora para chegar, mais um problema, cadê a saúde da cidade que tá uma merda?!", afirmou o estudante. 

"Se você puder, denuncie, vá atrás, e vamos correr atrás dos nossos direitos, segurança é um direito nosso, educação e saúde também", conclui.

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