28 MAR 2024 | ATUALIZADO 17:09
MOSSORÓ
Da redação
20/10/2017 15:03
Atualizado
13/12/2018 17:21

Preso na penitenciária federal de Mossoró, Marcinho VP diz que 'tráfico banca campanhas políticas'

Detido no presídio federal de Mossoró há dois anos e meio, Marcinho VP, como é conhecido, culpa Sérgio Cabral pela sua vinda para Mossoró. "Ele é o maior Judas que já conheci", disse.
UOL
"O trabalho de drogas não acaba porque financia campanhas políticas no Brasil". A declaração polêmica é do traficante do Rio de Janeiro, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Macinho VP - que está detido no Presídio Federal de Mossoró.

Marcinho VP concedeu entrevista exclusiva ao portal UOl, onde revelou detalhes sobre assuntos polêmicos, além de falar sobre seu livro "Marcinho Verdades e Posições - Direito Penal do Inimigo", que será lançado neste sábado, 21. A obra é redigida em coautoria com o jornalista Renato Homem. 

O detento conta sua trajetória no mundo do crime, nega as acusações que lhe pesam, relembram companheiros, comenta sobre política e Operação Lava Jato e ataca o ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB-RJ), a quem ele diz ter prestado favores políticos em 1996. "Ele é cacique-mor da maior organização criminosa do Rio de Janeiro", diz.

Em janeiro de 2007, Marcipo VP foi transferido para o presídio de Catanduvas, Paraná. Ele passou por todas as unidades federais até chegar a Mossoró, onde se encontra há dois anos e meio. 

Já são quase 11 anos no sistema penitenciário federal. Das 24 horas do dia, ele passa 22 horas sozinho em sua cela.

Marcinho culpa Cabral pela sua ida para Mossoró. "Ele é o maior Judas que já conheci", disse Marcinho sobre Cabral. 

No livro, ele falou que prestou favores eleitorais ao político durante o ano de 1996, quando houve a disputa pela Prefeitura do Rio.  "Ele esteve no meu camarote, bebeu, comeu, me elogiou. Ajudei ele com uma equipe de cabos eleitorais. Não ganhei um tostão", diz. 

A última renovação de permanência de Marcinho VP no sistema penitenciárioa federal vence no dia 29 de novembro. O Departamento Penitenciário Nacional já enviou ofício à Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro questionado se haverá pedido de renovação. 

A Secretaria de Segurança Pública do Rio deve pedir que ele fique em Mossoró. Investigações da polícia apontam que Marcinho continua a comandar esquemas de tráfico de drogas de dentro da penitenicária.

A defesa de Marcinho VP tenta obter na justiça uma decisão de retorno do chefe do Comando Vermelho ao Rio de Janeiro. 

Com informações UOL

Notas

Publicidades

Outras Notícias

Deixe seu comentário