19 ABR 2024 | ATUALIZADO 09:21
MOSSORÓ
Da redação
24/10/2017 08:56
Atualizado
13/12/2018 12:13

Mãe pede que Estado devolva corpo do filho assassinado e queimado há 8 meses em Mossoró

Josimeire dos Santos relata que desde o ocorrido, 27 de janeiro, não pode sepultar o filho dignamente. "É uma tristeza em cima da outra", relatou ao MH.
Arquivo Pessoal
A dor de ver o filho, um jovem de 22 anos, assassinado a tiros e ter o corpo carbonizado parece ainda maior quando a mãe não tem sequer a oportunidade de sepultar o filho dignamente. O sentimento de tristeza e dor são prolongados.

A situação está sendo vivenciada pela doméstica Josimeire dos Santos Menezes, de Mossoró, que perdeu o filho para a violência que assusta o Rio Grande Norte, no início do ano.

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"É uma tristeza em cima da outra, não sei porque estão segurando o corpo dele, não se trata de um vagabundo, de uma pessoa errada, ele não era uma pessoa errada, ele andava com pessoas erradas, nunca foi envolvido em tráfico nem nada", desabafou.

Alisson Johnathan dos Santos Morais foi assassinado a tiros e depois queimado dentro de uma residência no Parque dos Rosas, no dia 27 de janeiro deste ano. 

Até agora, o corpo ainda não foi liberado pelo Insituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP) para sepultamento. 

Em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, Josimeire informou que entrou em contato por diversas vezes com órgão e até agora nada de resposta. 

"A última vez que falei com eles foi em setembro, disseram que liberariam na segunda semana de outubro e já estamos quase no final do mês", relatou.

Como foi carbonizado, o corpo de Alisson precisou ser levado para o ITEP em Natal para fazer exame de DNA, no intuito de confirmar oficialmente a identificação da vítima. 

Como o Estado não realiza exames de DNA, o corpo foi levado para a Bahia - onde são feitos todos os exames de DNA solicitados pelo ITEP do RN.

"Se se tratasse de um vagabundo eu até entenderia essa demora, mas todos sabem que era ele, o delegado mesmo me disse que era meu filho, e a menina que também estava na casa me disse que era ele antes de morrer", afirmou a mãe. 

A doméstica disse que não consegue entender porque toda essa demora, afinal, são mais de oito meses. 

O caso
Na noite do dia 27 de janeiro, uma quadrilha tocou fogo em uma residência com três jovens dentro. Alisson Johnatan dos Santos Morais, de 22 anos, foi morto a tiros e depois foi queimado. 

As duas jovens Branca Alves da Silva, de 18 anos e Lanara Érica da Silva, de 19 anos. As duas foram socorridas com queimaduras. Branca se recuperou e Lanara Érica foi transferida para Natal, em seguida, faleceu. 

Desde o início foi apontado que o alvo da quadrilha era o dono da residência conhecido por Nildo. Os assassinos teriam confundido Alisson com Nildo e o matado por engano. 

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