19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:31
POLÍTICA
Da redação / Com informações do UOL
06/07/2015 12:22
Atualizado
13/12/2018 11:34

Dilma reune base aliada para discutir clima de afastamento

O objetivo é tratar dos movimentos pelo afastamento da presidente que ganham força na oposição com a piora da crise que acomete o governo.
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A presidente Dilma Rousseff convocou para esta segunda-feira (06), a partir das 18h, uma reunião de emergência com presidentes dos partidos aliados e líderes da base no Congresso. O objetivo é tratar dos movimentos pelo afastamento da presidente que ganham força na oposição com a piora da crise que acomete o governo.

Uma das principais queixas da base, inclusive do PT, é a falta de diálogo da presidente. A última vez que Dilma reuniu o conselho político foi em maio, quando pediu que, em meio ao ajuste fiscal, os parlamentares aliados evitassem apresentar projetos que aumentassem gastos aos cofres públicos.

Em entrevista coletiva após cerca de três horas de reunião com Dilma, Temer afirmou que a presidente não está preocupada com as movimentações da oposição sobre o impeachment. O vice apontou a possibilidade de um impedimento como "algo impensável", assim como fizeram os demais integrantes da coordenação.

Segundo Temer, não há crise política, uma vez que o governo obteve o apoio do Congresso Nacional para aprovar, a duras penas, as prioritárias medidas do ajuste fiscal. O vice-presidente afirmou ainda que a questão econômica está sendo "ajustada".

Uma nova onda de articulações e manobras para oficializar o processo de impeachment da presidente Dilma, a oposição usa os argumentos contidos na delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC (mantida sob segredo de justiça) e um processo ainda em curso no Tribunal de Contas da União (TCU).

Reação
Sabe-se que nos bastidores, as principais forças políticas do país discutem o que fazer caso Dilma seja afastada do cargo. Diante dessa realidade, neste domingo (05), o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, reagiu às especulações sobre o afastamento da presidente Dilma. Segundo ele, falar em cassação é um despudor democrático.

"É de um profundo despudor democrático e de um incontido revanchismo eleitoral falar em impeachment da presidente como têm falado alguns parlamentares da oposição", disse Cardozo. Para o ministro, "o desejo de golpe sob o manto da aparente legalidade é algo reprovável do ponto de vista jurídico e ético".

Permanência
Temer afirmou ainda que permanece na articulação política, estando designado pela presidente para ocupar o cargo ou não. Durante a entrevista, ele recebeu o apoio público dos demais ministros presentes na coletiva --Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Gilberto Kassab (Cidades)-- e ainda do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS).

"Essa especulação se vou deixar a articulação política ou não, eu acho um pouco fora de prumo", disse o vice a jornalistas. "O que se espera do vice é que ajude na articulação política."

Para Temer, a atuação da oposição pelo impeachment da presidente é "fruto do momento democrático que vivemos". Ele disse ainda que a oposição ajuda o governo ao criticar e fiscalizar.

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