25 ABR 2024 | ATUALIZADO 16:17
MOSSORÓ
Da redação
30/10/2017 15:25
Atualizado
14/12/2018 07:32

"Mais uma vitória da vida sobre a morte”, diz médico que coordena captação de órgãos no HRTM

Em 18 meses já foram feitas 10 captações de órgãos no HRTM e foram transplantados em 60 pacientes de vários estados do Brasil; transporte é feito em aviões da FAB.
Cedida
A equipe médica prepara mais uma captação de órgãos no Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), em Mossoró-RN, a segunda nas últimas 36 horas e a décima primeira nos últimos em 18 meses, ajudando a salvar mais de 60 vidas em vários estados do País. 

Para a doação de órgãos desta segunda-feira, o protocolo começou às 23 horas deste domingo e terminou às 7h desta segunda-feira, 30. As equipes envolvidas estão conversando com os familiares e já comunicaram ao Sistema Nacional de Transplantes.

O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é a instância responsável pelo controle e pelo monitoramento dos transplantes de órgãos, de tecidos e de partes do corpo humano realizados no Brasil (Decreto n° 2.268, de 30 de junho de 1997).

Ou seja, o SNT vai através do seu sistema localizar as pessoas que estão em fila por transplante, observar o órgão doado é compatível com a pessoa que vai receber. Havendo, é feita a captação do órgão. Para o doador desta segunda, será este o procedimento que será respeitado.



Para o doador deste domingo, 29, o fígado foi para um cidadão que estava precisando no Rio de Janeiro, os rins seguiram para outro cidadão em Recife e as córneas ficaram em Natal. O transporte dos órgãos foi feito por um jato da Força Aérea.

“Mais uma vitória da vida sobre a morte”, diz o médico Fernando Albuerne, médico cardiologista do Hospital Regional Tarcísio Maia que coordena a captação de órgãos no hospital. Neste domingo, o Albuerne coordenou pessoalmnte a captação.

"A equipe é composta ainda por enfermeira, assistente social, psicóloga. Quem deseja doar seus órgãos, num eventual sinistro, deve deixar isto claro aos seus familiares. Pois de nada adianta deixar um documento escrito para doar e um só familiar ser contra. Havendo isto, órgãos não são doados. Não foi o caso dos pacientes do HRTM", revelou o médico.

A família do doador que teve a captação dos órgãos no domingo deram uma demonstraram em prol da vida.


Segundo o diretor geral do HRTM, Jarbas Mariano, os doadores geralmente são pessoas que sofrem acidente e tem morte cerebral. Neste caso, segundo ele, o paciente passa por um exame chamado encefalograma por uma hora.

Caso observado ausência total de vida no cérebro, o médico assina o atestado de óbito e começa os protocolos para doação. No caso da família não aceitar, aguarda-se o próximo possível doador e a equipe inicia todo o procedimento de novo.



Fotos: Daniel Zumba

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