O primeiro prognóstico para a safra 2018 mostra que a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas foi estimada em 220,2 milhões de toneladas, 8,9% abaixo da safra de 2017.
Esta redução deve-se às menores produções previstas para todas as regiões: Norte (-3,2%), Nordeste (-5,8), Sudeste (-4,8%), Sul (-12,3%) e Centro-Oeste (-8,0%).
Já a décima estimativa para a safra de 2017 totalizou 241,6 milhões de toneladas, com aumento de 30% em relação a 2016 (185,8 milhões de toneladas).
A área a ser colhida (61,2 milhões de hectares) é 7,2% maior que a do ano anterior. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, e, somados, representam 93,8% da estimativa da produção e respondem por 87,9% da área a ser colhida.
Em relação ao ano anterior, houve aumento de 2,2% na área da soja, de 19,3% na área do milho e de 3,9% na área de arroz. No que se refere à produção, ocorreram aumentos de 19,4% para a soja, 16,0% para o arroz e 54,9% para o milho.
Estimativa de OUTUBRO para 2017 | 241,6 milhões de toneladas |
Variação outubro 2017 / setembro 2017 | - 0,2% (- 421,3 mil toneladas) |
Variação safra 2017 / safra 2016 | 30,0 % (+ 55,8 milhões toneladas) |
Estimativa de OUTUBRO para 2018 | 220,2 milhões de toneladas |
Variação safra 2018 / safra 2017 | - 8,9% (-21,4 milhões toneladas) |
Regionalmente, a décima estimativa para a safra de 2017 aponta produção de cereais, leguminosas e oleaginosas com a seguinte distribuição, em toneladas: Centro-Oeste (75,1 milhões); Sul (73,4 milhões); Sudeste (20,6 milhões); Nordeste (9,7 milhões) e Norte (7,0 milhões).
Em relação à safra passada, foram constatados aumentos em todas as regiões: Sudeste (16,4%), Norte (23,3%), Nordeste (86,6%), Centro-Oeste (40,7%) e Sul (16,1%).
Nessa avaliação para 2017, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 26,2%, seguido pelo Paraná (17,2%) e Rio Grande do Sul (15,2%), que, somados, representaram 58,6% do total nacional previsto.
Para 2018, primeiro prognóstico estima safra 8,9% menor que a de 2017
Neste primeiro prognóstico, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2018 foi estimada em 220,2 milhões de toneladas, 8,9% inferior ao total obtido na safra de 2017.
Esta redução deve-se às menores produções previstas em todas as regiões: Norte (-3,2%), Nordeste (-5,8%), Sudeste (-4,8%), Sul (-12,3%) e Centro-Oeste (-8,0%), principalmente, por causa das quedas de 6,3% na estimativa de produção da soja e de 14,4% do milho.
Dentre os cinco produtos de maior importância para a próxima safra, quatro devem apresentar variações negativas na produção: algodão herbáceo em caroço (-1,5%), arroz em casca (-6,8%), milho em grão (-14,4%) e soja em grão (-6,3%). Apenas o feijão em grão (1,3%) deve ter variação positiva.
Os números levantados foram somados às projeções obtidas a partir das informações de anos anteriores, para as Unidades da Federação que ainda não dispõem das estimativas iniciais. Como este prognóstico foi realizado por levantamentos e projeções calculadas, as informações de campo representam 87,9% da produção nacional prevista, enquanto as projeções respondem por 12,1% do total estimado.
ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – O primeiro prognóstico da safra de algodão estima produção de 3,8 milhões de toneladas, redução de 1,5% em comparação com a safra de 2017. A área plantada, de 986,6 mil hectares, deve crescer 6,3%. Estima-se que a safra 2018 obtenha rendimento médio de 3 827 kg/ha, queda de 7,3% em relação a safra do ano anterior. Em 2017, o clima foi benéfico, proporcionando um regime mais abundante e regular de chuvas nas principais regiões produtoras de algodão do Mato Grosso e da Bahia, beneficiando as lavouras. Para 2018, as incertezas quanto ao clima reduzem a estimativa do rendimento médio. O GCEA/MT estimou a produção de algodão em 2,7 milhões de toneladas, acréscimo de 3,2% em relação à safra 2017, devendo somente esse estado responder por 70,5% da produção em 2018. Embora estima-se um aumento de área plantada de 9,6%, alcançando 675,8 mil hectares, o rendimento médio foi revisto para baixo (-5,9%), devendo alcançar 3 936 kg/ha.
ARROZ (em casca) – A primeira estimativa para a safra nacional 2018 é de uma produção de 11,5 milhões de toneladas e rendimento médio de 5 822 kg/ha, menores, respectivamente, em 6,8%, e 4,6%, quando comparados aos dados da safra 2017. A área a ser plantada na safra 2018 encontra-se 2,6% menor. Para o arroz, a presente informação é formada por 98,0% de prognóstico de campo e apenas 2,0 de projeção. As demarcações das áreas de produção de arroz, sobretudo o irrigado, que responde por mais da metade do total produzido pelo país, são de mais fácil verificação, uma vez que os perímetros irrigados são normalmente conhecidos, exigind