18 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
POLÍCIA
Da redação
15/11/2017 15:39
Atualizado
14/12/2018 00:41

“Perdemos um filho, irmão, primo, tio, neto. Joabio era tudo isso para nós”, diz texto dos familiares da vítima

Julgamento do engenheiro com título de doutor começa às 8 horas desta quinta-feira, 16, no Forum Municipal de Mossoró; Família da vítima fixou faixas em frente ao local do julgamento pedindo por justiça
“Já sete aos de impunidade, sete anos de dor, sete anos de saudade. Tudo que queremos é que justiça seja feita”, informa a família de Joabio Antonioni Dantas da Silva (Foto ACIMA - na época tinha 31 anos), assassinado com um tiro no rosto no dia 22 de dezembro de 2010, em frente de casa.

No caso em questão, segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, quem planejou e executou o crime com frieza, foi o engenheiro agrônomo com título de doutor, André Herman Freire Bezerra, de 35 anos, movido por ciúmes da então companheira.

Vítima e acusados eram amigos. Saiam juntos para festas. Assim ocorreu no dia 21 de dezembro de 2010. Os dois estavam num evento festivo e quando foi retornar para casa, André Herman se ofereceu para leva-lo em sua motocicleta.

Quando chegou em casa, Joabio Dantas sofreu um tiro no rosto. Em seu depoimento,  André Herman disse que o tiro foi disparado por traficantes e a polícia apontou indícios fortes de que na verdade o tiro foi disparado por um comparsa do engenheiro agrônomo.

Este comparsa não foi identificado pela polícia. Inclusive é motivo de medo dos familaires de Joábio Dantas.

Mais detalhes, com documentos AQUI.

O processo transcorreu na Justiça em segredo de Justiça. A família de Joábio Dantas foi destruída pelo crime. “Tivemos nossa família destruída por este crime. Nosso irmão teve sua doença psicossomática agravada com a morte de Joábio e faleceu”, escreveu.

“Perdemos um filho, irmão, primo, tio, neto. Joabio era tudo isso para nós”, acrescenta o documento. “Sete anos se passaram e nunca desistimos da Justiça. Acreditamos no Código Penal Brasileiro e que mesmo com a demora, acreditamos que a sociedade fará justiça”, diz.

“Nos restará a dor da perda, que essa não terá fim”, finaliza. Na tarde desta quarta-feira, 15, os familiares fixaram faixas em frente ao Fórum Municipal, local do julgamento, pedindo justiça para o caso. Joabio era muito querido também entre os amigos de trabalho.

O julgamento popular de André Herman está previsto de começar às 8h, no Salão do Tribunal do Júri Popular no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, zona leste de Mossoró. Os trabalhos terão a presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros.

O Ministério Público Estadual será representando na ocasião pelo promotor de Justiça Carlos Henrique Harper Cox, da Comarca de São Miguel, que está substituindo promotor Armando Lúcio Ribeiro, que está de férias. A provável tese de acusação será de homicídio qualificado.

A defesa do réu André Herman será feita na frente dos sete jurados pelos advogados Cleiton Cesar Fernandes Nunes e Régio Rodney Meneses, que provavelmente vai trabalhar a tese de negativa de autoria, seguindo o diz o depoimento do réu durante a instrução do processo.

O réu André Herman, que está aguardando julgamento em liberdade, no caso de terminar condenado por homicídio qualificado, sairá do julgamento para a prisão. Entretanto, este é um dos casos em que o réu pode escolher entre está presente ou não ao julgamento. 

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