02 MAI 2024 | ATUALIZADO 22:29
MOSSORÓ
Da redação
20/11/2017 06:51
Atualizado
14/12/2018 08:52

44 caixas eletrônicos do Banco 24 Horas estão sendo desativados das lojas e supermercados de Mossoró

Anúncio foi feito pela empresa Tecnologia Bancária S.A, a TecBan. O motivo é uma briga judicial entre a empresa e transportadoras de valores. As maquinas serão desativadas até quarta-feira próxima
Reprodução
A empresa Tecnologia Bancária S.A, rede de caixas eletrônicos Banco24Horas, anunciou que vai desativar todos os caixas eletrônicos no município de Mossoró e outras cidades, até a próxima quarta-feira, 22. Em todo o Brasil, são cerca de 600 municípios atendidos pelos terminais da empresa.

Em Mossoró, segundo o site da empresa, há 44 terminais atualmente, a maioria em supermercados, lojas e até farmácias. Após a desinstação de um sistema, começa o processo de instalação do outro, que pode demorar de 10 a 15 dias, que a população terá a disposição apenas os caixas eletrônicos das agências. 

O motivo da desativação é basicamente uma briga judicial entre a Banco24Horas e as transportadoras de valores.

Em outubro deste ano, a ÉPOCA destacou o acirramento entre as duas organizações, que já estava gerando a desativação de terminais em outras cidades do país, como é o caso de Salgadinho, no Distrito Federal. 

Segundo o site, a Tecnologia Bancária S.A, ou TecBan, tem sua própria transportadora de valores, a TBForte, que abastece 40% de sua rede.

A Prosegur e a Protege, as duas principais transportadoras de valores do país, são contratadas para cobrir cerca de 30% dos terminais.

Em julho, elas exigiram da TecBan reajustes de 25% a 30% nos valores dos contratos, sob o argumento de que os custos aumentaram desde o ano passado - principalmente com seguro, por causa do aumento de casos de roubo e furto. 

O aumento pedido pelas transportadoras, que em valores absolutos seria de R$ 50 milhões por ano, está bem acima da inflação dos últimos 12 meses, de 2,71% pelo IPCA. 

A TecBan, ainda segundo a ÉPOCA, negou o reajuste. Ainda entrou na Justiça de São Paulo, pedindo que os contratos fossem mantidos nas condições atuais por 180 dias, até que novas empresas fossem contratadas. 

A vitória da TecBan foi parcial. Em decisões distintas do fim de julho e início de agosto, a 16ª Vara Cível e 11ª Câmaara de Direito Privado deram metado do prazo, 90 dias, para que as transportadoras terminem de prestar seus serviços até que a TecBan contrate novas empresas. 

Foi nesse momento que a briga virou caso de polícia. O processo de transição das antigas empresas para as novas gerou desentendimentos, trocas de acusações e ao menos 40 boletins de ocorrência registrados no Distrito Federal, em Goiás e em São Paulo. 

De um lado, funcionários da TecBan acionavam guarnições policiais para impedir que os seguranças da Protege esvaziassem os caixas eletrônicos, sob o argumento de que o contrato ainda estava vigente. A Protege diz ter sido informada por e-mail pela própria TecBan de que uma nova empresa já estava sendo contratada e que por isso deu início ao desabastecimento dos caixas. A decisão judicial prevê que, quando uma nova empresa for contratada, é possível interromper os serviços. A TecBan diz que o contrato com a nova empresa ainda estava em negociação. Em outros boletins de ocorrência, representantes da Protege acusam a TecBan de ter danificado a fechadura dos cofres dos caixas eletrônicos para impedir que o dinheiro fosse retirado.

Com informações Época

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