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POLÍCIA
Da redação
22/11/2017 13:49
Atualizado
14/12/2018 04:43

Lixador pega 14 anos de prisão por matar por vingança e o irmão dele terminou absolvido pelo júri

Assassinato aconteceu no dia 12 de janeiro de 2011 e os réus estavam em liberdade aguardando julgamento, apesar de um já deles, o Manoel Neto, já ser sentenciado por homicídio que cumpre em prisão domiciliar
O lixador Francisco Edson Rodrigues da Silva, o Nino de 46 anos, foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado pela Tribunal do Júri Popular por matar a tiros Jackson das Chagas Paiva, às 18h30 do dia 12 de janeiro de 2011, no bairro Belo Horizonte, em Mossoró.
 
Já o ex servente de pedreiro Manoel da Costa Rodrigues Neto, de 36 anos, irmão do Nino, foi absolvido pelo Conselho de Sentença do mesmo crime. Os jurados entenderam que ele não participou deste crime, muito embora fosse o pivô de tudo.
 
No caso, o Conselho de Sentença aceitou a ideia de que Nino matou Jackson das Chagas juntamente com um menor (nome resguardado) por vingança, dentro de uma guerra estupida entre famílias que havia começado com o assassinato de Daniel Varela da Silva.
 
Daniel Varela foi assassinado a tiros por Manoel Neto (está condenado por este crime, cumprindo sentença e prisão domiciliar). Em seguida, ocorreram muitas ofensas, tentativas de assassinatos nos dois lados, até o dia 12 de janeiro de 2011, quando Jackson foi morto.
 
Pouco tempo depois, o primo de Daniel Varela, conhecido por William (filho adotivo de Jackson das Chagas) se vingou, atirando contra toda a família de Manoel Neto. Neto ficou tetraplégico. A mulher dele sobreviveu a um tiro no tórax. “Quase fiquei alejada”, diz.
 
A filha recém-nascida, que hoje tem 7 anos, sofreu um tiro abdômen. Passou por cirurgia e sobreviveu. Ficou com uma cicatriz enorme na barriga. Neste mesmo ataque, uma mulher que estava próxima foi atingida por bala perdida e também ficou tetraplégica.
 
Manoel Neto e a mulher não foram mortas no local porque o revólver que William usava acabou as balas. Atualmente William está preso. Manoel Neto foi julgado pela morte de Daniel e condenado. Está cumprindo a sentença em prisão domiciliar.
 
O irmão dele, Francisco Edson Rodrigues da Silva, o Nino, não compareceu ao julgamento. Ficou em casa, segundo o advogado Justino Dutra. É um direito dele. Entretanto, ao concluir o júri, teve a prisão preventiva decretada para cumprir a sentença.

Os trabalhos do Tribunal do Júri Popular foram presididos pelo juis Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. Começou de 8h30 e terminou no início da tarde. Nesta quinta-feira, 23, vai a julgamento Jefferson Max de Oliveira, de 26 anos, acusado de atirar nos PMs Getsemane e Holanda.
 
 
O julgamento

Acusação - No júri desta quarta-feira, 22, o promotor Daniel Robson Linhares de Lima pediu a condenação de Nino e Neto por homicídio qualificado.

Segundo ele, os dois botaram o menor para assumir a culpa na polícia, mas quando chegou na Justiça o menor mudou o depoimento, passando a negar participação no crime.

O representante do MPRN alertou aos jurados para não deixar que o caso ficasse impune, como forma de evitar mais casos de vingança entre as famílias.
Daniel Robson havia iniciado suas palavras ressaltando que o promotor de Justiça no Brasil é diferente do promotor de justiça no Estado Unidos.

Segundo ele, nos EUA o promotor é de acusação e quanto mais condena, mas cresce na carreira. No Brasil, promotor é de justiça, e nada muda em sua carreira se ganhar ou perder.

Ainda conforme Daniel Robson, o promotor de Justiça no Brasil é comprometido tão somente com a justiça em cada caso que atua. Não havendo provas, é pedido absolvição.

 
Defesa – O advogado Justino Dutra enfatizou que a testemunha ocupar do assassinato de Jackson das Chagas, Denis Fabrício das Chagas, não falou a verdade.

Destacou que na verdade quem atirou em Jackson das Chagas (irmão de Denis Fabrício) até mata-lo foi o menor e não Francisco Edson Rodrigues da Silva, o Nino.

Ainda conforme Justino Dutra, Manoel Neto é que não participou mesmo, ao contrário do que afirmou Denis Fabrício. Manoel Neto estaria num aniversário no Alto da Pelonha.

Ao MOSSORÓ HOJE, Justino Dutra mostrou que o Manoel Neto, a mulher e a filha de sete anos estão vivos por sorte. Assim como a vizinha, que ficou tetraplégica.
 

Notas

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