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ESTADO
Da redação
01/12/2017 13:55
Atualizado
13/12/2018 20:08

PHD em meteorologia diz, em Apodi, que inverno no próximo ano deve ser 15% acima da média

Previsão foi anunciada, no Fórum das Águas Apodi, pelo pesquisador Luiz Carlos Molion, referência internacional em meteorologia, levando em consideração cenários simiales, temperatura do oceano pacífico e fases da lua

O Rio Grande do Norte experimenta tendência de fim da seca e chuvas acima da média em 2018. A previsão é do PhD em Meteorologia Luiz Carlos Molion, feita no II Fórum das Águas, realizado nesta quinta-feira (30), em Apodi.

A estimativa do pesquisador, referência internacional em meteorologia, é que as chuvas no Estado sejam até 15% acima da média, no próximo ano.

O prognóstico de Molion não segue modelos climáticos, ao contrário de previsões mais usuais. “São ineficientes e cenários fictícios”, argumenta. Sua conclusão, sustenta, é embasada em cenários de similaridade, obtidos em dados pluviométrios dos últimos cem anos, que indicam semelhança com 1998 a 2001.

Naqueles anos, o Rio Grande do Norte também saiu de grave estiagem para boas chuvas. “Me arrisco a dizer que podem ser 15% acima da média em 2018 e 10% acima da média em 2019”, prevê Molion, que apresenta outras condições para subisidiar essa expectativa. Uma delas é a temperatura do Oceano Pacífico.

 

Agência Sebrae

Meteorologista Luiz Carlos MolionMeteorologista Luiz Carlos Molion ministrou palestra em Apodi
O mar, segundo ele, sofreu resfriamento e demorará a esquentar, o que deve provocar, em 2018, o fenômeno La Ninã, o qual favorece chuvas no semiárido brasileiro. E o progressivo – e ciclíco – distanciamento da Lua sobre a terra também contribuirá, já que influencia as correntes marinhas e atua na fomação de chuvas.

 

Caso esse cenário se concretize, o  desafio para o Rio Grande do Norte, segundo o especialista, é reservar água, embora trace um cenário positivo para a próxima década. Sua palestra no Fórum das Águas, focado na sustentabilidae, foi “Perspectivas Climáticas para a Safra 2017/2018 e os próximos Dez anos para Apodi”.

“Não há perspectiva de, nos próximos dez anos, haver no Rio Grande do Norte uma seca tão severa quanto a atual”, revelou Molion, representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM). “Claro que são previsões. Ninguém tem bola de cristal”, ressalva.

O II Fórum das Águas foi realizado no auditório do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) de Apodi, em parceria entre a instituição, Sebrae e Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern). O evento reuniu pesquisadores, produtores rurais, estudantes e debateu manejo hídrico na Chapada do Apodi.

Nessa temática, o gerente do escritório regional do Sebrae no Vale do Açu, Fernando de Sá Leitão, ministrou a palestra “Uso Sustentável da Água” e o vice-presidente da Fiern e conselheiro do Sebrae, Terceiro Melo, leu a carta do I Fórum das Águas, realizado em 2016, com diretrizes para preservar a água na região.


Açudes secos

As previsão do PHD em meteorologia Luiz Carlos Molion leva ao homem do campo e tambem das cidades, assim como as autoridades um alívio, considerando que os principais reservatórios de água doce do Rio Grande do Norte já estão quase secos.

É o caso das barragens Armando Ribeiro Gonçalves, que deve atingir ponto morto ainda este mês, a Barragem de Santa Cruz, que está na iminência de também atingir ponto morto. Outros açudes de igual importância já estão secos, é o caso dos reservatórios de Acaci, Caicó, Pau dos Ferros, Patu, Umarizal, entre outros.

A previsão de inverno vem junto com a possibilidades destes reservatórios armazenarem água potável, mesmo com a previsão de Luiz Carlos Molion de que em 2019 vai chover até 10% acima da média.

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