16 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:23
POLÍCIA
Da redação
04/12/2017 16:44
Atualizado
13/12/2018 17:18

Acusados de matarem vereador em Assú vão a júri em Mossoró por homicídio em Carnaubais

Jallison e Weber Verríssimo juntamente com Sérgio Tavares, que já foi executado, mataram o agricultor Antônio Alves, o Zoinho, no dia 8 de junho de 2015; O caso foi descoberto na Operação Abril Despedaçado
O Tribunal do Júri Popular de Mossoró se reúne nesta terça-feira (6) para julgar os principais acusados de matar a tiros e por dinheiro o vereador de Assú, Manoel Ferreira Targino, o Manoel Botinha, e tentado contra a vida de Francisco Adriano Bezerra Guilherme, de Assu.

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O juri popular nesta terça, no entanto, não vai julgar este caso de Manoel Botinha e Francisco Andriano e, sim, outro crime, igualmente grave, cometido pelos acusados: no caso, o assassinato de Antônio Alves Sobrinho, o Zoinho, no dia 8 de junho de 2015, em Carnaubais. 

Este caso foi mostrado no Fatástico, da Globo - AQUI.

Jallinson Veríssimo de Melo, o Jalin, de 25 anos(à direita), Welber Veríssimo de Melo, o Ebinho, de 34 anos (à esquerda), segundo as investigações da Polícia Civil e a denúncia do Ministério Público Estadual, participaram diretamente da execução do vereador Botinha. Eles negam, apesar dos indícios e provas.

Já no caso do assassinato de Zoinho, que vai a julgamento nesta terça-feira, 5, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró, segundo apurou a Polícia e narra o MPRN, teve a participação direta de Sérgio Tavares dos Santos. Foi uma vingança.

Jalin e Ebinho convidaram via whatsApp a vítima Zoinho para o Bar de Brancosa, no Alto do Rodrigues. Depois de aceite o "convite", Jalin e Ebinho chamaram Sérgio Tavares, para o mesmo bar. Zoinho chegou ao local de 12h e passou a beber com seus futuros assassinos. 

De 12h30, Ebinho fala ao telefone com Sérgio Tavares. Sérgio chama Ebinho ao banheiro para conversar sem que a vítima ouvisse. Ficou combinado que Ebinho manteria Zoinho no bar por mais algum tempo e Sérgio e Jalin planejaria o crime.

Em seguida, Ebinho deveria chamar Zoinho para ir ao sítio de Jalin, deixando claro que Ebinho deveria ir em seu carro e a vítima na motocicleta. Eles queriam ficar com a moto. Este terminou acontecendo. Jalin avisou a Sérgio quando Ebinho e Zoinho chegaram.

De 14h50, Sergio avisa a Jalin, por telefone, que estava indo (de carro) buscar Zoinho para "darem fim longe", informando ainda que estava com duas armas de fogo.Os três tomaram a moto de Zoinho e o botaram no carro de Sérgio Tavares.

"Colocaram-no dentro do veículo de Sérgio Tavares e o levaram para um matagal no município de Carnaubais. Chegando lá, Sérgio Tavares ceifou a vida da vítima com um disparo de arma de fogo na cabeça e se evadiu do local junto com Jalin e Ebinho", narra a peça do MPRN.

O crime foi descoberto na Operação Abril Despedaçado, deflagrada no dia 10 de dezembro de 2015. O caso chegou a Justiça detalhado com datas e horários precisos. Zoinho foi executado por tentado matar Vitor, que é sobrinho de Sérgio Tavares. 

Ainda na denúncia do MP na Justiça, consta que Sérgio Tavares foi executado a tiros no dia 27 de julho de 2015, no Sítio São José, no Alto do Rodrigues, em situação misteriosa. Por este motivo, não está junto com os irmãos Ebinho e Jalin sendo julgado pelo assassinato de Zoinho nesta terça-feira, 5, em Mossoró.

O julgamento Ebinho e Jalin, que estão presos em Apodi, está previsto de começar de 8h30, com o juiz presidente dos trabalhos realizando o sorteio dos sete jurados. Após o sorteio, caso exista testemunhas, estas serão ouvidas pelo juiz, promotor e advogados de defesa.

Não havendo, os réus serão interrogados, podendo falar ou não. No caso, alegam inocência, apesar da precisão das provas arroladas pela policia nas investigações e que estão sendo usadas pelo Ministério Público Estadual na denúncia.

Em seguida começa os debates entre o Ministério Público Estadula (promotor Carlos Henrique Harper Cox) e os advogados de defesa (Ivanaldo Paulo S. e Silva e Márcio Harla Maia de Aquino). Concluído os debates, o juiz faz a leitura da sentença conforme o que foi decidido pelo Conselho de Sentença na Sala Secreta.

Caso a sentença seja absolvitória, os réus continuam presos, em função do assassinato de Manoel Botinha e a tentativa de homicídio contra Francisco Andriano, de Assu. No caso dos jurados entenderem que são culpados, os réus terão a prisão decretada e começa a cumprir pena na condição de condenado.

O julgamento deve ser concluído no final da tarde. 

Quanto ao julgamento do caso Manoel Botinha, ainda não tem dada definida, porém, como os réus estão presos, o processo tende a correr com mais celeridade na Justiça e, não se descarta a possibilidade de ir a julgamento também em Mossoró no início do próximo ano.


Das telas do Cinema a vida real

O nome da Operação Abril Despedaçado é uma alusão ao filme do diretor Walter Salles, que aborda o conflito de terras entre duas famílias no interior nordestino do Brasil e o assassinato de membros dos grupos rivais. “Nesta região do RN, alguns homicídios ainda são praticados por criminosos que atuam em crimes de pistolagem. 


Presos na Operação Abril Despedaçado.

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