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MOSSORÓ
Da redação
05/12/2017 07:08
Atualizado
13/12/2018 12:01

Júri condena lavador de carros por tentar matar a irmã e o amigo

Julgamento aconteceu nesta segunda-feira, 4, no Fórum Municipal de Mossoró.
Francileno Góis
O Tribunal do Júri Popular condenou o lavador de carros Josemilton de Sousa Lima a 19 anos e 2 meses de prisão e dez dias multa por ter tentado matar a tiros Manoel Guedes da Cruz às 23h30 de 28 de outubro de 2016, o bairro Liberdade I, em Mossoró-RN.

20 minutos depois de tentar matar Manoel Guedes, fazendo uso da mesma arma, Josemilton de Sousa tentou matar a própria irmã Lindalva de Sousa Trajano, não conseguindo ferir mortalmente a mesma porque a arma não tinha mais bala e as que haviam não prestaram.

Em depoimento à Justiça, Manoel Guedes contou que a família de Josemilton de Sousa não o queria mais em casa, exatamente devido ao seu comportamento muito violento. Então, ele e a irmã Lindalva lhe deram guarita, deixando morar em suas casas.

Num determinado dia, Manoel Guedes disse que estava vendo TV e Josemilton chegou e sentou no chão. Ele reclamou, pedindo que ele fizesse uso de uma cadeira. Josemilton ficou chateado e pegou escondido o revólver que Manoel Guedes tinha em casa.

Tarde da noite atirou, com a intenção de matar, Manoel Guedes. Baleado, Manoel Guedes disse que caiu no chão e se fez de morto, para Josemilton não terminar de mata-lo. Em seguida Josemilton fugiu para a casa da irmã Lindalva Trajano.

Lindalva questionou ele sobre o que teria ocorrido e ele apontou a arma e tentou disparar várias vezes e não conseguiu. A arma falhou. Então ele fugiu junto com um amigo para o posto de combustível que fica perto e lá teria se desfeito da arma de fogo.

No dia 29 de outubro, Josemilton ofereceu o revólver que roubou de Manoel Guedes a José Maria da Silva Júnior, que disse que não queria, mas conhecia quem poderia comprar. Os dois foram juntos ao Posto Estrela D’Água e venderam a um motorista chamado Danone.

A arma do crime foi vendida por R$ 1.500,00. Josemilton deu R$ 100,00 em dinheiro a José Maria, por ter arranjado comprador para a arma. 

Diante dos fatos, o promotor de Justiça Carlos Henrique Harper Cox pediu a condenação do réu por duas tentativas de homicídio, a duas em sua forma qualificada. O defensor público Diego Melo da Fonseca atuou em defesa dos direitos do réu.

Os jurados decidiram pela condenação do réu e, na dosimetria da pena, considerando todos os fatores analisados, o juiz presidente do Tribunal do Júri Popular, Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros, aplicou pena de 19 anos, 2 meses de prisão e 10 dias multa. O réu teve a prisão renovada.

Julgamento desta terça-feira
Nesta terça, 5, estão sendo julgados Jallison Veríssimo de Melo, o Jalin, e Welber Veríssimo de Melo, o Ebinho, que foram presos na Operação Abril Despedaçado por uma série de homicídios na região do Vale do Açu nos anos de 2014 e 2015. Hoje, estão no banco dos réus pelo assassinato de Antônio Alves Sobrinho, o Zoinho. 

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