29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
ECONOMIA
Da redação
07/12/2017 08:12
Atualizado
14/12/2018 03:10

Saiba como organizar as finanças para não torrar o 13º salário

O especialista Felipe Félix dá dicas de como organizar o salário extra. Segundo o Dieese, o 13º salário vai movimentar cerca de R$ 200,5 bilhões na economia.
Valéria Lima | Mossoró Hoje

A primeira parcela do 13º salário já está na conta de muitos trabalhadores brasileiros e junto à felicidade da renda extra do final de ano, também há uma grande preocupação em como melhor utilizar esse dinheiro.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o 13º salário deverá movimentar cerca de R$ 200,5 bilhões na economia e beneficiará 83,3 milhões de brasileiros. Ou seja, é um excelente momento para planejar as finanças de 2018 e terminar 2017 com as contas no “azul”.

“Para fazer bom uso desse dinheiro é preciso analisar sua vida financeira e decidir o melhor destino para o salário extra. A economia já começa a dar alguns sinais positivos, porém o índice de desemprego no Brasil continua elevado. Estamos em um período de incertezas e é extremamente importante adotar uma postura mais conservadora em relação aos gastos”, destaca Felipe Félix, CFO do PAG! – conta de pagamento e cartão de crédito sem anuidade que atua de forma 100% digital. 

Para aqueles que se encontram em uma situação mais estável, o executivo recomenda usar o dinheiro com moderação. “Contenha a euforia e analise todas as contas de final de ano. ”

De acordo com recente pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas alcançou 62,2% em novembro 2017, apresentando o quinto aumento consecutivo do indicador.

Em outubro a taxa foi de 59,6%. Com o objetivo de auxiliar às pessoas na organização de suas contas, o executivo lista algumas dicas:

Dívidas: Este é o principal fator a ser analisado. Se você está negativado, tem contas pendentes ou financiamentos, a melhor alternativa é quitá-los.

“Cartão de crédito é o principal responsável pela dívida dos brasileiros e possui uma das maiores taxas de juros. Esse é um ótimo momento para liquidar seu empréstimo rotativo ou negociar faturas vencidas”, explica Félix.

“No caso do valor do 13º não suprir todas os débitos, é necessário dar preferência aqueles com juros mais altos”, complementa.

Ainda segundo o Peic, 77% das famílias possuem dívidas com cartão de crédito, que apesar de apresentarem juros em quedas, ainda estão entre os mais altos com média de 215% ao ano, apontam os dados disponíveis no Banco Central.

Poupar: Junto com o início de ano também chegam inúmeras contas, como IPVA, IPTU, matrícula de escola, entre outras despesas. Se em seu planejamento ainda não constar a verba necessária para arcar com esses gastos, é de extrema importância separar uma parcela do 13º para isso. Além desses custos, também é uma opção poupar uma quantia para gastos emergenciais que podem ocorrer durante o ano como desemprego e problemas de saúde.

Investimentos: Se você não tem dívidas para pagar, investir é sempre um bom negócio! Para aqueles que precisam de liquidez imediata e não querem correr riscos, uma boa opção é aplicar em títulos do Tesouro Selic, que oferecem rendimento bruto próximo a 7% ao ano.

Já as pessoas que pretendem investir em uma opção a longo prazo, uma sugestão são os títulos garantidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). “Há financeiras rentabilizando seu recurso em taxas muito acima do CDI com um risco baixo, visto que o valor é garantido pelo FGC até o total de R$ 250 mil”, explica Félix.

Para o executivo, apesar do juro básico estar em patamares baixos, investir em renda fixa é uma boa opção. “O Brasil ainda possui uma das maiores taxas de juros reais do mundo”, complementa.

Entretenimento / compras: Se você não está com nenhuma conta em aberto e já tem uma reserva guardada, utilizar o 13º para viagens de final de ano, presentes e até mesmo para caprichar na ceia de natal, não é uma má escolha. Com o dinheiro em mãos é muito mais fácil conseguir um desconto e assim conseguir melhores negociações nas compras.

 “É de extrema importância estabelecer prioridades, não ceder às tentações e focar em seu objetivo. Uma forma de garantir que você conseguirá utilizar o benefício de maneira eficiente e de fugir de gastos por impulso, é listar suas dívidas e compromissos antes mesmo de receber o valor da empresa. Dessa forma, você terá maior controle sobre seus gastos”, finaliza o executivo.

O prazo para que as empresas paguem a segunda parcela se encerra no dia 20 de dezembro.

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