29 MAR 2024 | ATUALIZADO 18:35
POLÍCIA
Da redação
14/12/2017 16:52
Atualizado
14/12/2018 02:22

“Decidi tirar a vida dele sim”, confessa Luizinho no juri do caso Lucas: ACOMPANHE SENTENÇA AO VIVO

Terminou os debates entre defesa e acusação do Tribunal do Júri Popular do caso Lucas. Jurados concluíram votação na Sala Secreta. Juiz Orlan Donato está fazendo a leitura da sentença
"Decidi tirar a vida dele sim", confessa Expedito Luís de Carvalho, o Luizinho, em depoimento no Tribunal do Júri Popular do caso Lucas Barbosa da Costa (quando foi assassinado tinha apenas 22 anos), no final da tarde desta quinta-feira, 14, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, em Mossoró. Lucas era natural do Piaui e havia sido aprovado em concurso público para trabalhar na Penitenciária Federal de Mossoró-RN.

O júri foi suspenso no inicio da noite desta quinta-feira, 14, e retomado às 8 horas da manhã desta sexta-feira, 15. No início da tarde desta sexta-feira, 15, os advogados de defesa e defensor públicos concluíram os debates com o Ministério Público Federal.



O juiz Orlan Donato suspendeu os trabalho e, no retorno, às 15h, juntamente com os defensores publicos, advogados e procuradores da república, elaboraram os quesitos e entraram com os jurados na sala secreta, para para votar os quesitos propostos pelas duas partes. 

Juiz, advogados, promotores e defensores públicos estão na sala secreta há mais de duas horas (19h28). Quando concluir a votação, o juiz vai fazer a dosimetria da pena de cada preso considerando os quesitos que foram votados na sala secreta e o que é previsto na Legislação Brasileira.

O resultado do julgamento do caso Lucas Barbosa deve sair às 22 horas, com o juiz Orlan Donato fazendo a leitura da sentença de cada um dos quatro presos, seja esta condenando ou absolvendo.
 
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O julgamento começou às 9 horas da manhã desta quinta-feira, 14, com o juiz federal Orlan Donato Rocha orientando aos presentes (plenário lotado) do rito do julgamento. Em seguida teve o sorteio dos sete jurados entre os 25 convocados. Sete mulheres foram sorteadas.
 
Por volta das 10 horas, começou o interrogatório das 8 testemunhas do caso. O primeiro a ser ouvido foi um policial militar. O PM contou que ouviu de um informante de nome Urea (não confiável) os nomes de quem teria matado o agente federal Lucas Barbosa da Costa (foto abaixo).

Disse que questionou a razão de Urea está passando esta informação e que não obteve resposta, porém, fez o seu dever de procurar a Polícia Federal e repassa-las. Em seguida a testemunha disse que foi raptado por 5 pessoas num carro.
 
A testemunha contou que foi levada para o mato e no local as cinco pessoas encapuzadas (eram 4 homens e uma mulher) disseram que ele teria que ser mais preciso, mostrando endereços e nomes dos assassinos do agente penitenciário federal.
 
O motivo para estes bandidos armados quererem os assassinos de Lucas presos, é que a Polícia Federal estava incomodando os traficantes do bairro Santo Antônio em Mossoró. Daí eles mesmos levantaram os dados e passaram para Urea repassar ao PM/testemunha.
 
Em seguida prestou esclarecimentos aos jurados o agente federal que conduziu as investigações. A PF terminou por confirmar os dados passados pelo PM e terminou por prender os quatro envolvidos na morte do agente penitenciário federal Lucas Barbosa.
 
Os réus:

Expedito Luís de Carvalho, mais conhecido como ‘Luizinho’
Emerson Ricardo Cândido de Moraes, o ‘Magão’
Luciedson Soares de Silva, chamado de ‘Pirrola’
Antônio Vieira Ribeiro Júnior, que atende pelo apelido de ‘Juninho Queimado’
 
Luizinho confessou o crime. Detalhou. Disse que ele e Neguim de Elson (Luciedson Soares da Silva, o Pirrôla, foram fazer um arrastão na casa do agente penitenciário federal Lucas Barbosa. Ele disse que não sabia quem era e nem sabia que era agente federal.
 
Na hora da abordagem, Luizinho disse que foi ele que desceu armado e rendeu o agente. Disse que o amarrou e botou no Cerato. Ele seguiu com a vítima no Cerato e Pirrola seguiu com o Honda Fit que estavam. Disse que ficou sabendo no carro que Lucas era agente.
 
Entretanto, destacou que não sabia que se tratava de um agente federal. Afirmou que Lucas teria dito a ele dentro do carro que iria procurar ele e até seus familiares até acertar as contas. "Aí decidir tirar a vida dele sim", narra Luizinho ao juiz, promotores, defensores e jurados.

​Luizinho narra que levou Lucas para a Estrada da Raiz (distante 13 km da área urbana de Mossoró) e, juntamente com Pirrola, usando uma pistola e um revolver, matou o agente Lucas, que, baleado, tombou morto perto de uma cerca, possivelmente no local que foi encontrado.
 
Em seguida disse que ligou para o amigo Emerson Ricardo Cândido de Moraes, o ‘Magão’, para ele providenciar gasolina, mas que Emerson não consegui. Emerson, em depoimento, nega participação direta no assassinato de Lucas Barbosa e que teria ficado sabendo dos detalhes, porque Luizinho teria lhe contado e ele teria visto também no site O Câmera.
 
"Como a gasolina não veio, eu mesmo providenciei", diz Luizinho, apontando que foi num posto de combustível e lá tinha uma moto. Ele puxou a mangueira e roubou a gasolina que precisava para colocar fogo no carro de Lucas Barbosa, no caso, um Cerato.
 
O julgamento está sendo transmitido ao vivo, via Youtube.

Parte da manhã


Parte da Tarde


 
Luizinho disse que chamou o amigo Antônio Vieira Ribeiro Júnior, o ‘Juninho Queimado’, para ajuda-los a queimar o carro. Ele disse que o encontrou nas Barrocas. Juninho Queimado confirmou realmente foi procurado por duas pessoas (não disse o nome) para queimar o carro.

O veiculo foi levado para perto do local onde Lucas Barbosa foi executado, na estrada da Raiz, já perto da RN 013, de acesso a Tibau. No local, o trio ateou fogo no veículo. Um PM de Tibau encontrou o carro queimado e o corpo da vítima. Depois a PF prendeu os quatro.
 
O réu Luciedson Soares de Silva, o ‘Pirrola’, quando levado para prestar depoimento no plenário do Tribunal do Júri, optou em ficar calado. Encerrado os depoimentos, o júri foi suspenso e será retomado às 8 horas desta sexta-feira, 15.
 
Nesta sexta, o Ministério Público Federal, representado no julgamento por cinco procuradores da república, terão duas horas e meia para detalhar a participação de cada um dos 4 acusados, e recomendar, aos sete jurados, a condenação por homicídio triplamente qualificado.
 
Em seguida, os advogados de defesa e os defensores públicos, terão o mesmo tempo para apresentar suas teses de defesa em benefício dos réus. Concluído os debates, o Conselho de Sentença se recolhe a Sala Secreta, para votar os quesitos do caso.
 
Conforme o que for votado na Sala Secreta pelas sete juradas, o juiz Orlan Donato, que preside os trabalhos, aplica a sentença a cada um dos réus. O julgamento está previsto de terminar ao meio dia desta sexta-feira, 15. Condenados ou absolvidos, os réus voltam para a prisão.
 
É que todos eles já têm condenações por outros crimes. Luizinho, por exemplo, já é condenado a 32 anos de prisão. Luciedson também é condenado a mais de 11 anos de prisão. Antônio Vieira tem quase 20 anos de prisão para cumpri.

Atualizado às 19h28

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