25 NOV 2024 | ATUALIZADO 11:42
POLÍCIA
Da redação
15/12/2017 21:04
Atualizado
14/12/2018 08:48

Assassinos do agente Lucas Barbosa são condenados a penas somadas de 121 anos de prisão

Juri começou às 8 horas da manhã de quinta-feira, dia 14. Foi ouvido 8 testemunhas e os 4 réus. Foi suspenso no início da noite e retornou na manhã de sexta-feira, 15, e seguiu até às 22 horas
Alcivan Villar
O Conselho de Sentença condenou, após 25 horas de julgamento  no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, os quatro réus denunciados pelo Ministério Público Federal pelo assassinato do agente penitencário federal Lucas Barbosa (imagens fortes), na época com 22 anos, no ano de 2012, na zona rural de Mossoró-RN.

EXPEDITO LUIZ DE CARVALHO NETO, o Luizinho
24 anos, 2 meses e 12 dias de reclusão
1 ano, 6 meses e 20 dias de detenção
 
LUCIEDSON SOARES DA SILVA, o Pirrola
29 anos 15 dias de reclusão
 1 ano e 14 dias de detenção
 
EMERSON RICARDO CANDIDO MORAES, o Magão
32 anos, 3 meses de prisão  
2 e 3 meses anos de detenção
 
ANTONIO VIEIRA RIBEIRO JUNIOR, o Juninho Queimado
31 anos, 9 meses e 15 dias de reclusão
1 e 4 meses de detenção.
                
Assista sentença na íntegra.


Sob a presidência do juiz Orlan Donato Rocha, o Tribunal do Júri Popular contou com a participação direta dos dos defensores públicos da União Helio Cabral, Dinarte Pascola, Daniel Kishita e o advogado Maurício Neville, que atuaram em defesa dos réus.

Representando o Ministério Público Federal estavam Samir Nachef, Emanoel Melo, Aécio Mariz, Henring Hahns, Alexandre Schneider.

Para realizar o julgamento, o chefe de segurança da Justiça Federal, coronel PM Túlio César Alves, empregou a força de 135 policiais e agentes de trânsito durante os dois dias de trabalho. Ruas de acesso foram fechadas e o acesso ao fórum era permitido somente com revista e passando em detector de metais.

Apesar do rigor para se ter acesso, o plenário do Tribunal do Júri do Forum Municipal esteve lotado durante os dois dias de trabalho. Muitos estudantes, agentes penitenciários e familiares da vítima, que compareceram usando camisetas com a foto de Lucas Barbosa pedindo por justiça.

No julgamento, após a oitiva das 8 testemunhas e os 4 réus, os procuradores da república Samir Nachef, Emanoel Melo, Aécio Mariz, Henring Hahns, Alexandre Schneider mostraram, em detales, como cada um dos réus participou do assassinato de Lucas Barbosa, do estrago que causaram e quais a punições necessárias.

Já o advogado de defesa Maurício Neville fez uma fala muito forte em defesa do réu Expedito Luiz, o Luizinho, mas suas palavras não conseguiram convencer as sete juradas que estava no Conselho de Sentença. Os defensores Públicos também tiveram uma atuação brilhante, diante das circunstâncias.

Concluído os debates, que não teve réplica e nem tréplica, como se esperava, o juiz Orlan Donato, com as opiniões dos Ministério Público Federal, Defensores Publicos da União e do advogado Maurício Neville, elaborou os quesitos para as sete juradas, em sala secreta, votar em cada um sob os olhos atentos do juiz Orlan Donato.

Em seguida, o juiz presidente aplicou a pena nos réus, conforme a decisão dos jurados e o que consta no Código Penal.

Ao final dos julgamento, o juiz Orlan Donato agradeceu e parabenizou a atuação do Ministério Público Federal, dos defensores públicos da união e do advogado Maurício Neville. Agradeceu tambem todo o empenho dos servidores da Justiça Federal e também da Justiça Estadual. 

Agradeceu aos policiais e fez questão de deixar um agradeceu especial e pessoal as sete juradas que formaram o Conselho e Sentença. 


O crime

Lucas Barbosa é natural do Piaui. Estava em Mossoró no ano (2012) que foi assassinado para trabalhar no Presídio Federal. Morava no Alto São Manoel. Foi abordado pelos fugitivos de Justiça Expedito Luiz, o Luizinho e Luciedson Soares, o Pirrola, quando chegava em casa.

Foi levado em seu carro (Cerato) e, em conversa com os Luizinho e Luciedson, disse que era agente penitenciário. Naquele ato, Luizinho disse que decidiu matar.

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O levou para uma estrada carroçável, distante 13 kg da área urbana de Mossoro (na região da Estrada da Raiz) e o executou.

Em seguida, fez contrato com outros dois bandidos da quadrilha, Antônio Vieira, o Queimado, e Emersom Ricardo, o Magão, também assaltantes perigosos e com condenações, para se livrar do carro (Cerato), queimando-o para que não restasse vestígios, como as digitais pessoais deles. 

Este repórter cobriu o caso, a serviço do Jornal de Fato. 



Luizinho e Emerson foram presos quando retornavam de Natal Mossoró com armas e explosivos. Reportagem é de Erisberto Rêgo, da TCM. 





 
 

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