23 ABR 2024 | ATUALIZADO 14:29
NACIONAL
Da redação
21/12/2017 13:07
Atualizado
12/12/2018 04:15

Servidores estaduais da saúde decidem manter greve no RN

A paralisação ocorre desde o dia 13 de novembro. Nesta quinta-feira, 21, Robinson anunciou que o pagamento de novembro será até dia 29 de dezembro; o de dezembro até 30 de janeiro e o 13º até 10 de janeiro.
Divulgação | SindSaúde RN

Com a notícia de que os salários de novembro seriam iniciados nesta quinta, 21, para quem recebe até R$ 2 mil reais e que o Governo do RN só irá pagar o 13º até o dia 10 de janeiro, os servidores da saúde do RN decidiram continuar a greve. A paralisação ocorre desde o dia 13 de novembro. 

Em um comunicado nas redes sociais, o governador Robinson Faria (PSD), pede aos servidores que retornem ao trabalho, “que sigam com suas atividades, prestando seu tão importante serviço à população”. 

No entanto, muitos servidores estão se quer com dinheiro do ônibus, é o caso da técnica de enfermagem, Maria do Carmo, servidora do hospital Santa Catarina, que desabafou durante a assembleia.

“Na minha casa além de conta atrasada falta comida. Se o governador quer que eu vá trabalhar, coloque o salário em dia. Isso é tirar a responsabilidade do governo dos hospitais estarem funcionando. O que adianta eu sair de casa com minhas moedas contadas e deixar de comprar o pão do meu filho? Não vou fazer isso", disse a servidora.

Diante disso, o Governo do Estado informou em nota que enviará transporte para levar os servidores de casa ao trabalho. "Como principal medida emergencial, a partir de hoje à noite, a Sesap disponibilizará transportes para o deslocamento dos profissionais aos locais de trabalho e retorno as suas casas. A medida abrange toda rede hospitalar estadual e tem como finalidade não prejudicar os serviços prestados à população", informou a Secretaria do Estado de Saúde Pública.

Nesta quarta-feira, 20,os servidores da saúde realizaram protesto em frente ao Hospital Walfredo Gurgel, maior do Estado. Usando faixas e cartazes, eles denunciaram a situação e também aproveitavam o sinal fechado para vender balas e pedir doações aos motoristas.

“É inadmissível que o governador vá para a mídia e peça que os trabalhadores voltem a trabalhar sem terem as mínimas condições. A maioria dos servidores não dispõe de outra fonte de renda a não ser essa. Muitos servidores estão endividados, sem dinheiro para alimentar sua família. Mesmo trabalhando em péssimas condições, os servidores dedicam boa parte de suas vidas ao atendimento à população e é dessa forma que o governo trata. Salário é um direito básico. Os servidores só querem trabalhar e receber o salário em dia”, declarou Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde-RN.

 

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