28 MAR 2024 | ATUALIZADO 17:59
ECONOMIA
Da redação
27/01/2018 09:42
Atualizado
13/12/2018 18:28

A história do homem que veio fazer uma cobrança no RN e hoje gera nove mil empregos no Estado

VIDEOS: Luiz Roberto Barcelos diz que a logística de escoação de produção está no limite; sugere fazer porto em Porto do Mangue; fala o que pensa sobre a classe política e confirma que foi convidado para ingressar na politica
As autoridades politicas e empresariais têm um discurso só para melhorar a qualidade de vida da população do Rio Grande: fortalecer a economia, investindo no setor de produção e industria, gerando emprego para a população e renda aos cofres públicos.

Porém, existe um gargalo gigantesco para colocar em prática o que poderia ser classificado como desenvolvimento regional sustentável da economia do Rio Grande do Note. Os meios de escoação da produção de minério, frutas, sal e outros produtos estão no limite máximo.

É o que assegura o advogado e empresário Luiz Roberto Barcelos, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas (ABRAFRUTAs), em entrevista exclusiva ao Portal MOSSORÓ HOJE, na sede de sua empresa (Agrícola Famosa), em Mossoró-RN.

Barcelos tem formação jurídica em São Paulo, numa das melhores faculdades de direito do País, veio ao Rio Grande do Norte fazer uma cobrança e terminou gostando da região, se fixando e hoje está entre os maiores exportadores de frutas do País.



Luiz Roberto gera aproximadamente nove mil empregos diretos e mais de 25 mil indiretos na produção de frutas para exportação e mercado local, sendo que 90% desta mão de obra é na região de Mossoró, Baraúna, Apodi, Caraúbas, entre outras cidades próximas.

"Apesar de não ter nascido aqui, eu tenho orgulho hoje de ser cidadão norte-rio-grandense, concedido pela Assembleia Legislativa. E não me conforme em ver o Estado, né....  a politica como está feita aqui ao longo destas últimas décadas, o que para mim tem resultado nesta situação..." ... "...Temos um momento oportuno para discutir esta questão politica, melhorar o Estado e o povo do RN ter orgulho de seu estado e começar a propagar só notícias boas Brasil a fora..." 




O setor fruticultura tem muito mercado para crescer. No segundo semestre de 2017, Abrafrutas abriu as portas nos mercados asiáticos e americano para as frutas brasileiras. Quando este processo burocrático estiver concluído, o RN precisa estrutura logística para abastecer estes mercados.

Atualmente o RN enfrenta sérios problemas em suas principais rodovias (BR 406, 304, 110 e 405), que não foram duplicadas. Também não tem ferrovia interligando a Transnordestina no Ceará, o que permitiria um transporte mais seguro e mais em conta para embarcar no porto do Pecem, no Ceará.

E também não tem porto em tamanho e profundidade adequada para receber grandes navios.

Luiz Roberto Barcelos afirmou que o Porto de Natal já está operando no limite máximo, principalmente pelo fato de está localizado numa região de difícil acesso, em função da mobilidade urbana da grande Natal. É preciso e urgente novas vias de exportação.

"A logística que a gente tem tá no limite daquilo que a gente produz hoje. Não só a Agrícola Famosa, mas todas as outras empresas produtoras de frutas na região". 





O empreendedor paulista com título de cidadão norteriograndense destacou que ao longa das décadas passadas faltou políticos que implantasse politicas publicas pensando nas décadas seguintes. "Temos que projetar o RN para os próximos 50 anos", diz o empresário.

Barcelos disse "não me conformo em ver o estado...., política como está sendo feita nas últimas décadas", fazendo referência as finanças públicas, bem como a falta de visão na projeção de politicas públicas em todas as áreas no setor de desenvolvimeto.

Em palavras diretas, o Rio Grande do Norte não tem como gerar mais emprego. Estagnou por falta de estrutura de escoação da produção. O reflexo disto já é possível observar nas taxas de desemprego no RN, que supera os 16%, conforme o IBGE.

Este discurso forte de Luiz Roberto Barcelos despertou o interesse de colegas empresários e dos partidos em seu nome para concorrer a um cargo no Legislativo Estadual ou Federal. Ele confirmou os convites e diz que está estudando com cuidado, pois tem interesse sim em contribuir mais com o RN.

As propostas de Luiz Roberto Barcelos para o RN parecem com o que fez o ex-governador Cortez Pereira, na década de setenta, no RN, quando instalou o município de Serra do Mel, dividiu em 23 vilas, e plantou 2,4 milhões de pés de cajueiro.

Cortez governava pensando no futuro. Queria o município de Serra do Mel como motor de desenvolvimento da região Oeste.

Também foi naquela época do governo Cortez Pereira na década de setenta que se começaram os Estudos no RN (comitiva foi estudar no Japão), para o cultivo do camarão em cativeiro, entre vários outras politicas públicas pensando no futuro do Estado.

Ainda na década de setenta foi construído o Porto Ilha, principal via de escoação da produção de sal marinho, que devido ao crescimento da demanda, precisa ser ampliado pelo menos três vezes. Neste caso, só é possível para exportar sal, em função da estrutura como foi projetado.






O empresário Luiz Roberto Barcelos não pensa diferente de Cortez Pereira no que se refere a politicas públicas de desenvolvimento.

Para o Rio Grande do Norte crescer, de forma sustentável, explorando suas riquezas naturais, uma das saídas observadas por Luiz Roberto Barcelos é a construção do porto de Graneleiros em Porto do Mangue, que seria para exportar frutas e minérios.

E o caminho para dotar o RN de estrutura que possibilite do desenvolvimento, na ótica do empresário, é projetar o RN para os próximos 50 anos, investindo em logísticas, em capacitação de mão de obra, em educação de qualidade e melhorando a segurança e saúde da população.

"O que eu acho que a gente não pode ficar vendo o estado na situação que está e achar que um dia vai mudar sem fazer alguma coisa".




Para tanto, "é preciso sanar as finanças do Estado e começar a se falar em obras de grande porte que possibilidade meios de desenvolvimento econômico", diz Luiz Roberto Barcelos.  Para ele, é preciso deixar o estado por um valor que o Estado possa pagar. 

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