18 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:25
SAÚDE
Da redação
02/02/2018 07:08
Atualizado
13/12/2018 10:37

Sesap alerta para necessidade de diagnóstico precoce da Hanseníase

Apesar de ser uma das enfermidades mais antigas que se tem registro, sua detecção tardia, devido à falta de diagnóstico precoce, resulta em incapacidades físicas irreversíveis para o paciente.

No mês escolhido pelo Ministério da Saúde para lembrar a luta contra a hanseníase, o Janeiro Roxo, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) faz um alerta à população para a necessidade de se conhecer a doença e assim aumentar a possibilidade de cura.

Isso porque, apesar de ser uma das enfermidades mais antigas que se tem registro, sua detecção tardia, devido à falta de diagnóstico precoce, resulta em incapacidades físicas irreversíveis para o paciente.

Segundo Maria Lima, subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica, “a hanseníase tem cura, seu tratamento é gratuito e todo feito no Sistema Único de Saúde. No entanto, o problema é que, geralmente, as pessoas acometidas pela doença buscam as unidades de saúde quando a enfermidade já está no estágio avançado e já provocou alguma incapacidade física. A cura ocorre, no entanto a deformidade permanece”.

De acordo com o Programa Estadual de Hanseníase da Sesap, de 2010 a 2017 foram detectados no RN 2.084 mil casos novos da doença. Para acelerar o processo de diagnóstico precoce, a Secretaria investe continuamente em educação permanente dos profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde, que fazem o primeiro contato com o paciente. Além disso, disponibiliza a população três hospitais de referência para tratamento no estágio avançado da doença, são eles: o Giselda Trigueiro, em Natal, o Tarcísio Maia e o Rafael Fernandes, ambos em Mossoró.

Outra iniciativa da Sesap, dessa vez em parceria com os municípios, foi o “Projeto Carreta da Saúde: Ponto Final na Hanseníase”, que em dezembro de 2017 conseguiu atender 858 pessoas nos municípios de Natal (416), Mossoró (260) e Parnamirim (158), onde foram diagnosticados precocemente 24 novos casos da doença.

Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase se caracteriza por afetar os nervos e provocar lesões de pele em todo o corpo, que podem ser confundidas com micoses. Além disso, em sua fase inicial pode apresentar pele seca, alterações na sensibilidade ao calor, frio, dor ou formigamento no trajeto dos nervos, ou ainda o aparecimento de caroços ou placas em qualquer lugar do corpo e a diminuição de força muscular (dificuldade para segurar objetos). “São sintomas que devem chamar a atenção, sobretudo as manchas indolores, caso surjam, o médico deve ser procurado imediatamente”, alerta Maria Lima.

A doença pode ser transmitida pelas vias aéreas por meio de secreções nasais, saliva, tosse, espirro ou fala de pessoas que ainda não começaram o tratamento da forma transmissível da doença. Uma vez iniciado, não há risco de transmissão.

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