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MOSSORÓ
Da redação
21/02/2018 15:35
Atualizado
13/12/2018 16:49

Agricultores se recusam a deixar filhos irem para escola que parede dá choque em Mossoró [VÍDEO]

Diante da precariedade da Escola Municipal Genildo Miranda, de Alagoinha, os pais não permitiram que os filhos frequentassem o ambiente e denunciaram o descaso no MOSSORÓ HOJE e no sindicato dos servidores de Mossoró
Reprodução | Marleide Cunha
Perguntaram a mim (professor da comunidade) porque não matriculei minha filha nesta escola. Eu respondi. Não matriculei, não pelas condições do quadro de funcionários. São ótimos professores. Foi pelo ambiente. Insalubre, não é aconchegante e deprime, reclama um pai de aluno e professor.

"Enquanto nós ficarmos passivos, as coisas não vão acontecer. Nunca tiveram interesse de resolver, de fazer o que deveria fazer", acrescenta dona de casa, confirmanodo que também não matriculou o filho na escola.
 
Outra dona de casa também confirmou, durante a reunião parte externa da escola segunda-feira, dia 19, (quando deveria ocorrer o primeiro dia de aula) que não vai permitir que o filho estude na escola, pois segundo ela, a parede dá choque quando chove e está chovendo.

"O meu filho não vem, mas não vem mesmo! Aqui tá precisando é de um trator de esteira para passar por cima. A gente tem que correr atrás, cobrar. A gente não pode baixar a cabeça, que eles pisam em cima", diz.


Ainda durante a reunião, os pais de alunos confirmaram, que estao vindo matricular os filhos em Mossoró, apesar da distância e da estrada ruim. Fazedo uso de um microfone e uma caixa de som, o pais dos alunos também lamentaram a possibilidade de perder os professores, pois alguns se deslocam de Mossoró, por uma estrada muito ruim para dá aula numa escola sem a minimia condição de estrutura "Existe a boa vontade e o profissionalismo, que esbarra na falta de estrutura" diz.

Os depoimentos dos pais dos alunos, gravados em vídeo, foram enviados ao MOSSORÓ HOJE, via WhatsApp, pedindo para tornar o quadro público e assim, o Ministério Público Estadual tomar conhecimeto, bem como o Corpo de Bombeiros de Mossoró.

O quadro perigoso para os estudantes e professores da Escola Municipal Genildo Miranda foi levado ao conhecimento da presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró, Marleide Cunha, que usou de seu perfil nas redes sociais, nesta quarta-feira, 21, para denunciar a situação caótica vivida na escola.

A escola Municipal Genildo Miranda fica localizada na localidade de Lagoinha. Ao lado do prédio, que está em ruínas, a Prefeitura começou a construir um prédio novo há 4 anos e deveria ter sido concluída no início de 2017 (falta muito pouco), mas a atual administração, que tem a frente Rosalba Ciarlini, abandonou a construção.



"Fizemos um protesto no início de 2017 para não começar as aulas neste prédio velho, mas a Prefeitura convenceu que a gente deixasse começar, dizendo que logo em seguida concluia a escola", denuncia um pai de aluno.

O fato real é que terminou o ano e a escola não foi concluída. O prédio novo está abandonado. Enquanto isto, os professores estão ministrando aulas numa estrutura precária e totalmente insalubre e que, segundo os pais dos alunos, deprimento.  "É a hora aula do professor que impede a qualidade da educação?", perguntao Marleide Cunha, fazendo referência as reclamações do Poder Executivo que as horas aulas do professores estavam atrapalhando o ensino municipal.

"Se começar a olhar realmente vai enxergar que os professores fazem milagres numa educação que só é prioridade em discurso político. Parabéns a comunidade escolar que decidiu protestar, enfrentar e não começar o ano letivo numa escola nessas condições", relatou a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró, lembrado que o protesto inicial foi segunda-feira passada, quando deveria ocorrer o primeiro dia de aula.

Segundo o Sindicato, foram encontrados vários problemas na escola: Banheiros sem portas nem descargas, despensa com teto na iminência de cair, salas de aula sem nenhuma condição de funcionamento e com relatos de choques elétricos quando chove, paredes molhadas dando choque, dentre outros problemas graves levaram professores e pais de alunos da comunidade Lagoinha a não iniciarem o ano letivo.

"Ante o caos em que se encontra a escola, os professores e os pais dos alunos solicitaram ao Sindiserpum que intermediasse junto ao Corpo de Bombeiros de Mossoró e enviasse um ofício solicitando uma inspeção no local", informou o Sindicato. A secretaria Municipal de Educação, segunda-feira, mandou dizer que não como ir a comunidade ver a questão. Na terça-feira, ela disse que tambem não podia. Ficou de ir a comunidade até o final da semana.

A prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini, e seu marido secretário Carlos Augusto, estão a passeio na Europa. A vice-prefeita que está no cargo, Nayara Gadelha, não se pronunciou. 

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