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MOSSORÓ
Da redação
14/03/2018 05:25
Atualizado
13/12/2018 14:06

Pais de alunos cobram explicações sobre falta de aulas e recebem nova promessa da Prefeitura

A secretária de Educação, Magali Delfino havia prometido iniciar as aulas da Escola Genildo Miranda em 15 dias. Como não aconteceu, os pais resolverem ocupar a secretária e cobrar
Cezar Alves
Pais de alunos da Escola Municipal Genildo Miranda ocuparam na manhã desta quarta-feira, 14, a Secretaria Municipal de Educação para cobrar explicações a respeito da obra da escola. Os alunos continuam sem iniciar o ano letivo por conta da falta de estrutura do prédio. A escola fica localizada no Sítio Lajedo, zona rural de Mossoró.

A Prefeitura de Mossoró havia prometido concluir a escola ainda em 2017, o que não aconteceu. "É um absurdo e um desrespeito ao cidadão", diz a vereadora Isolda Dantas, lembrando que a promessa da prefeita Rosalba foi durante a Leitura da Mensagem do Executivo na Câmara. Mesmo contrário, os estudantes frequentaram a escola em ruínas todo o ano de 2018, aguardando a escola nova ser concluída. 

Como a nova escola não foi concluida em 2017 (falta apenas 5% da obra) e o prédio antigo estava dando choque nas paredes no início de 2017, os alunos e professores não puderam iniciar o ano letivo de 2018. Os pais denunciaram que até as paredes estavam dando choque quando choviae portanto não permitiram que os filhos entrassem no prédio e exigiram da Prefeiura a conclusão da obra. 

Indignados com a situação, os pais dos estudantes chamaram vereadores e denunciaram o caso à imprensa. Na época (21 de fevereiro), o secretária de Educação, Magali Delfino prometeu concluir a obra em 15 dias e logo iniciar o ano letivo no dia 12 de março, segunda-feira desta semana. Porém, a promessa não foi cumprida novamente, o que deixou os moradores indignados.

Na tentativa de cobrar seus direitos, os pais decidiram ocupar a secretaria na manhã desta quarta-feira, 14, acompanhados dos vereadores Isolda Dantas, Petras Vinícius, Genilson Alves, Rondinelli Carlos e, já no final da reunião, chegou o vereador Didi de Arnô. Os pais estão indignados com o descaso. O agricultor Assis Amorim disse que os operários trabalham lentamente, sem qualquer fiscalização no que estão fazendo.



A dona de casa Ana Xavier disse a secretária Magali Delfino que falta apenas pequenos detalhes para o prédio ficar pronto e que não ficou pronto porque ninguém da Prefeitura acompanha a obra. "Lá quem acompanha a obra somos nos. Nós quatro reversamos lá e não está sendo fiscalizada!", diz Ana Xavier, advertindo que se na próxima semana as aulas não começarem, eles ocupam a secretaria de educação em definitivo.

A secretária Magali Delfino disse que estava tudo pronto para começar as aulas, mas aí descobriram semana passada que a fiação colocada estava errada. Devia ser fios de 10 e haviam sido colocado fios de 7. Diante do quadro, ela determinou que a fiação fosse retirada e colocada a fiação correta. 

Nesta quarta, 14, mais uma promessa. A secretária Magali Delfino se comprometeu novamente a cobrar da empresa a conclusão da obra da escola e começar as aulas na próxima terça-feira, dia 20. Antes de assegurar aos pais dos alunos a certeza que iria iniciar o ano letivo em Alagoinhas, chamou um engeheiro da Secretaria de Urbanismo, para ouvir dele se havia tempo hábio para concluir o prometido.

A Assessoria Jurídica veio junto e quando estava apresentando o engenheiro aos pais dos alunos, um vereador questionou o motivo de tanta demora e assessora jurídica perguntou se o vereador era engenheiro. Os vereadores responderam que não precisa ser engenheiro para cobrar as responsabilidade da Prefeitura de Mossoró com um setor tão sensível como educação.

Diante da nova promessa da Prefeitura, os pais dos alunos (a fala de Assis Amorim, o Zuzinha) afirmaram que, se as aulas não começarem, de fato, na terça-feira, eles irão ocupar a sede da secretaria por tempo indeterminado. Cerca de 40 pais participaram da reunião.

Em entrevista ao MOSSORÓ HOJE, a presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, professora Marleide Cunha informou que muitas escolas municipais apresentam problemas, principalmente, as creches.

"São terríveis as condições, o sindicato está passando nas escolas, fotografando, para fazer um documento (dossiê) e enviar ao Ministério Público, porque nenhuma criança tem condições de ter o mínimo desenvolvimento nas condições que estão sendo oferecidas, são paredes caídas, fios expostos, além da questão estrutural, tem o problema de salas superlotadas, tem sala que tem 30 crianças para um professor, os professores estão muito preocupados porque o município realmente está precisando fazer uma reestruturação da rede municipal de ensino", afirmou.

Ao final da reunião, o MOSSORÓ HOJE procurou ouvir a secretária Magali Delfino, sobre a reclamação generalizada das condições precárias das escolas do município, que estão sem manutenção há mais de ano. A secretaria disse que ia se pronunciar através de nota. Mais a diante, decidiu dá entrevista a TCM. Gravamos em vídeo e vamos postar abaixo em instantes.

Notas

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