28 MAR 2024 | ATUALIZADO 17:59
POLÍCIA
Da redação
15/03/2018 12:25
Atualizado
13/12/2018 12:25

Acusado de matar operário por ser parente de um inimigo pega 18 anos de prisão

Italo Israel nega o crime, mas as provas no processo diziam o contrário, o que fez o conselho de sentença, composto por 7 mulheres, a decidir pela condenação por homicídio duplamente qualificado

O gesseiro Italo Israel Firmino da Costa, o Italo Aleijado, de 25 anos, pegou 18 anos de prisão, em regime fechado, nesta quinta-feira, 15, pelo assassinato do operário Adriano Jerônimo Alves Epaminondas, crime este ocorrido às 13h30 do dia 26 de outubro de 2012, no Planalto 13 de Maio, em Mossoró-RN.

Segundo a investigação policial, a vítima Adriano Jerônimo estava se deslocando numa bicicleta de sua casa para pedir emprego na empresa Engeplan Engenharia, quando foi abordado por Italo Firmino, que pilotava uma motocicleta.

Sem que houvesse qualquer discussão, Italo Firmino atirou três vezes em Adriano Jerônimo, que tombou morto no local. “Que o homicídio foi cometido por motivo fútil, pelo simples fato da vítima ser parente de um desafeto do indiciado”, narra o MPRN.

O réu, por sua vez, nega ter cometido o crime desde o início das investigações. Disse que estava trabalhando no horário que ocorreu o assassinato. Com base neste fato, o advogado de defesa Francisco Simone Araújo Dantas pediu absolvição do réu com a tese de negativa de autoria.

A tese do advogado Francisco Simone confrontou diretamente com a tese do Ministério Público Estadual, no juri popular representado pela promotora de Justiça Ana Araújo Ximenes Teixeira Mendes, de que o réu cometeu um homicidio duplamente qualificado com provas.

O julgamento teve início às 8h30, com a presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. Os trabalhos foram concluídos no início da tarde desta quinta-feira, 15, com o Conselho de Sentença acatando a tese da promotora de Justiça Ana Ximenes, condenando o réu pelo homicidio qualificado.

Com base no que foi decidido pelo Conselho de Sentença, composto por 7 mulheres, o juiz Vagnos Kelly aplicou sentença de 18 anos ao réu, que deve cumpri a pena inicialmente em regime fechado. Ao concluir o julgamento, o réu teve a prisão preventiva decretada.


Defesa recorre da decisão

O advogado Francisco Simone Araújo Dantas, ao final do julgamento, decidiu por recorrer, em ata do resultado do julgamento. Segundo ele, não havia provas concretas que o seu cliente matou a vítima. E não havendo provas certas, segundo o advogado, a sentença tem que ser em benefício do réu.  Agora a defesa terá 8 dias para apresentar as razões da apelação ao presidente do Tribubal do Júri Popular, que encaminhará ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Ele quer que o juri seja anulado e a Justiça realize outro, com outro conselho de sentença.

Notas

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