Enquanto realizava ato na manhã de hoje (10), a Guarda Civil Municipal (GCM) decidiu ocupar o plenário da Câmara Municipal de Mossoró numa forma de pressionar o legislativo a apoiar sua pauta de reivindicações. Na ocasião, os/as servidores/as municipais questionaram os/as edis sobre a possibilidade de haver uma revisão no Plano de Cargos, Carreiras e Salários no sentido de redução salarial.
Diante disso, a sessão foi suspensa para que uma comissão de vereadores se reunisse com representantes da GCM e esclarecesse alguns pontos. Além de ficar esclarecido que não há qualquer projeto em trâmite na casa que aborda a revisão do PCCS, a comissão se comprometeu em receber a pauta de reivindicações da categoria.
Segundo a Guarda, o PCCS está defasado, eles estão há dois anos sem progressão, salários atrasados, viaturas sucateadas, coletes de segurança vencidos, sem condições dignas de trabalho e ainda exigem que a GCM seja comandada por um/uma servidor/a do quadro da categoria, que é o previsto em lei.
A vereadora Isolda Dantas fez declaração em plenário e acompanhou a reunião. Ela afirmou que desde o ano passado existe a construção da ideia de que o PCCS da categoria é maravilho, o que não é verdade e pode comprometer uma futura votação de projeto na casa.
“Desde o ano passado que esse burburinho existe e não foi construído nesta casa. A Câmara de Vereadores não deve ser responsabilizada, mas a Prefeita. Antes de discutir qualquer oneração de folha ou salários, vamos discutir gente que ganha por 56 plantões por mês, as horas-extras, cargos comissionados que não trabalham, o nepotismo”.
“É preciso desconstruir essa ideia errônea de que a Guarda recebe bem. É preciso reafirmar a guarda como patrimônio da nossa cidade e que deve ser zelada por todos nós”.
Dentre os encaminhamentos da reunião está a sugestão de uma audiência pública sobre segurança pública para discutir a realidade na cidade de Mossoró.