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MOSSORÓ
Da redação
19/04/2018 15:40
Atualizado
14/12/2018 01:36

Secretário diz que investiu R$ 193 milhões em saúde e sindicato diz que a saúde é precária em Mossoró

O secretário de Saúde de Mossoró, Benjamim Bento, disse na Câmara Municipal, em sua primeira prestação de contas, que investiu R$ 193 milhões (31,32%) no setor de saúde em 2017, R$ 23 milhões a mais do que o investido em 2016
Assessoria Sindiserpum
O secretário de Saúde de Mossoró, Benjamim Bento, disse na Câmara Municipal, em sua segunda prestação de contas, que investiu R$ 193 milhões (31,32%) no setor de saúde em 2017, R$ 23 milhões a mais do que o investido em 2016 e o dobro do percentual exigido por lei.

Entretanto, a presidente do Sindicato dos Servidores Público Municipais, Marleide Cunha, que também estava presente na Audiência, os números não batem com a realidade. Segundo ela, nas Unidades de Saúde faltam de tudo e as estruturas físicas não passaram por manutenção.

A presidente faz referência a inúmeros problemas na estrutura de saúde do município. Um dos problemas é o fato de a prefeita Rosalba Ciarlini e o secretário Benjamim Bento inauguraram o Centro de Especialidades Odontológica e no mês de novembro do mesmo ano foi fechado pelo Conselho Regional de Odontologia pela mais completa falta de condições de trabalho.

Marleide Cunha lembra que em 2017, as cirurgias eletivas ficaram suspensas de janeiro a outubro, o número de médicos foram reduzidos nas UPAs, o serviço de Ortopedia na UPA do BH foi encerrado,  faltou insulina e outros medicamentos por mais de 6 meses.

Ainda conforme Marleide Cunha, a Secretaria de Saúde deixou sem funcionar o Raio X do PAM, do Bom Jardim, assim como o raio x da UPA do Bairro Belo Horizonte. “Testemunhamos a população retornando para suas casas sem atendimento”, destaca Marleide Cunha.

A sindicalista chamou atenção para outro fator que contradiz frontalmente o secretário de saúde Benjamim Bento. Segundo ela, os servidores municipais tiveram gratificações cortadas e os salários foram congelados. “Estão é sendo assaltos quase todos os dias”, denuncia.

O secretário Benjamim Bento tentou confundir os vereadores repassando a informação de que dos R$ 193 milhões investidos em saúde, R$ 23 milhões foram destinados para o Hospital Maternidade Almeida Castro, não citando que esta unidade de saúde prestou o serviço em 17 leitos de UTI neonatal, 8 leitos de UTI adulto, 13 leitos de berçário, 18 leitos de canguru, para 6.283 partos realizados em 2017 nesta maternidade, única na região Oeste do Estado.

E que estes R$ 23 milhões que foram repassados para o Hospital Maternidade Almeida Castro foram enviados pelo Governo Federal, mediante prestação de contas auditadas por profissionais da Secretaria de Saúde de Mossoró, fiscalizado pela Justiça Federal. É que esta maternidade está sendo administrada por uma Junta Interventora Federal.

Para os vereadores da bancada de oposição, que visitaram as unidades de saúde várias vezes em 2017, os números apresentados pelo secretário Benjamim Bento condiz com a realidade. Isolda Dantas lembra que em 2017 visitaram a UPA do Alto São Manoel, e na ocasião flagraram a farmácia vazia. Citou vários outros aparelhos de saúde danificados ou foram fechados.

O vereador Alex do Frango e Raerio Araújo disseram que os dados repassados pelo Poder Executivo indicam a necessidade urgente de haver mais transparência para com os investimentos que estão sendo feitos em saúde em Mossoró. Lembram que no caso do Hospital Maternidade Almeida Castro, testemunharam o serviço sendo feito, mas nas unidades de saúde do município ou rede contratada, só encontraram reclamações dos usuários.

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