O MOSSORÓ HOJE denunciou no início da manhã desta segunda-feira, 23, o fechamento da Unidade Básica de Saúde Dr. Antônio Soares Júnior, do bairro Bom Jesus, em Mossoró. A proprietária do imóvel alega que a Prefeitura de Mossoró não paga o aluguel do prédio há cerca de 8 meses e que, por isso, ela resolveu trancar os portões com corrente e cadeado.
Em nota à imprensa, a Prefeitura de Mossoró informou que o pagamento do aluguel não vem sendo feito por questões orçamentárias e burocráticas. “O orçamento do ano de 2017, aprovado no ano de 2016, não comportava todas as despesas da Saúde do Município”, alegou a Prefeitura.
Após a notícia do fechamento da UBS circular nas redes sociais e veículos de comunicação, os vereadores da bancada de oposição, Isolda Dantas, Genilson Alves, Rondinelle Carlos, Raério Araújo e Alex do Frango visitaram a unidade fechada.
Para Isolda Dantas, a resposta da prefeitura é injustificável. “Como pode uma gestão que está há quase 1 ano e 6 meses ainda argumentar que o problema é burocrático? Não se justifica”.
Além da unidade fechada à cadeado, a vereadora e vereadores escutaram diversos relatos da população. De acordo com os moradores, a UBS está sem medicação, uma rua importante que dá acesso ao bairro está interditada e uma outra também está em risco de ficar intrafegável; e a insegurança que piorou depois do fechamento da Base Integrada Cidadã (BIC). “Ou seja, é um bairro que já tem muitos problemas e que agora se agrava com o fechamento da UBS”, afirmou Isolda.
Veja NOTA na íntegra:
A Secretaria Municipal de Saúde vem a público esclarecer que questões orçamentárias e burocráticas ao serviço público comprometeram a continuidade do pagamento do prédio alugado da Unidade Básica de Saúde Dr. Antônio Soares Júnior, do bairro Bom Jesus. O orçamento do ano de 2017, aprovado no ano de 2016, não comportava todas as despesas da Saúde do Município.
O prédio, onde funciona a UBS do Bom Jesus, foi alugado para que a sede da UBS pudesse ser reformada e entregue à população com uma melhor estrutura física.
É importante ressaltar ainda que a atual gestão encontrou diversos prédios alugados para a saúde em situação de inadimplência e precisou atualizar os pagamentos em 2017, mesmo com o orçamento aquém das necessidades.
Os processos seguem fluxos determinados por resolução do Tribunal de Contas, devendo percorrer instâncias do Município para dar seguimento ao pagamento. A Secretaria de Saúde encaminhou à Controladoria do Município e aguarda a liberação, que deve ocorrer o mais rápido possível.