28 MAR 2024 | ATUALIZADO 17:59
NACIONAL
Da redação
08/05/2018 07:41
Atualizado
13/12/2018 18:31

Adriana Calcanhoto e o mossoroense Carlos Guerra Júnior debatem música em Portugal

Roda de Conversa Arte, Educação e Processos Criativos na Escrita, foi realizado na Universidade de Coimbra, em Portugal
Charles Trigueiro
O pesquisador mossoroense, Carlos Guerra Júnior, realizou apresentação nesta segunda-feira (7) na Roda de Conversa Arte, Educação e Processos Criativos na Escrita, em Coimbra, Portugal. O evento teve a participação da cantora brasileira Adriana Calcanhotto, que é professora convidada da Universidade de Coimbra neste semestre.

Carlos Guerra Júnior apresentou a relação do rap como forma de inovação nas metodologias de ensino. Enquanto isso, Adriana Calcanhoto relatou sobre a experiência como professora do curso livre “Como escrever canções”, além de ter relatos de alunos e de outros músicos.

O pesquisador, que também atua como rapper, utilizando o nome Mossoró, iniciou a apresentação repando uma de suas letras e depois apresentou o rap como forma alternativa de educação.

Durante a apresentação, foram citados alguns exemplos como as disciplinas eletivas sobre hip hop em São Paulo, no qual o rap é utilizado como medida alternativa para reunir as disciplinas tradicionais e também como medida para exercer a escrita criativa. Além disso, citou alguns livros de pesquisadores brasileiros, como “Rap e Educação. Rap é Educação” e “Hip Hop, Educação e Poder”.

Para além disso, relatou sobre o papel do sample, para colocar discursos históricos e apresentar uma história alternativa para a população. O sempre é um extrato sonoro de outro espaço colocado em músicas de rap para criar intertextualidade. O pesquisador colocou ainda a importância do rap como educação alternativa em comunidades carentes e em centro de reabilitações de jovens carentes.

Entre as metodologias citadas, Carlos Guerra citou a realização do evento Rapensando as Ciências Sociais e a Política, onde o rap é utilizado como forma alternativa de aprender essas áres do saber, em que rappers e acadêmicos tiveram o mesmo espaço de fala em um congresso. Outra medida alternativa de educação foi a do rapper moçambicano Sgee, do grupo Xitiku ni Mbawula, que ensina inglês aos alunos fazendo com que eles cantem rap.

“Em uma entrevista com o Sgee, do Xitiku ni Mbawula, ele me passou que fazia uma batida de rap com os alunos, para soletrar os nomes deles em inglês, sendo cantado com o ritmo do rap. Assim, eles aprendem de uma forma descontraída. Com isso, soletrei meu nome com o público cantando. Foi uma forma de apresentar um exemplo”, ressaltou.

Carlos Guerra ainda colocou os eventos organizados junto a Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros, na qual é diretor de comunicação e também pelo Centro de Estudos Sociais. Além disso, é membro do grupo de rap de Coimbra, Velha Capital, da Secção de Escrita e Leitura da Associação Acadêmica de Coimbra (SESLA) e pesquisador associado da Bloco 4 Foundation, uma associação de pesquisa de Moçambique.

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