19 ABR 2024 | ATUALIZADO 18:31
MOSSORÓ
Da redação
18/05/2018 13:45
Atualizado
13/12/2018 04:02

Sem ASG, professoras limpam salas e lavam pratos para conseguirem dar aulas em Mossoró

Fatos foram constatados pela presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, que observou o quadro como extremamente grave. Isto numa escola que até dois anos atrás eram vistas como excelência em educação
O retrato do descaso, desrespeito e má educação na rede municipal de ensino. As escolas que até dois anos eram tidas como exemplar em educação infantil foram transformadas em instituições impróprias ao ensino, ou o que a presidente do Sindicato dos Servidores Publicos Municipal, professora Marleide Cunha, classificou: “A escola é uma imundice”!
 
Além do descaso com os estudantes, Marleide Cunha chama atenção para a “desvalorização perversa” do profissional de educação. Depois de quase 3 meses sem funcionar, “a Secretária de Educação obriga a reabrir a escola sem uma única ASG” acrescenta a sindicalista.
 
Marleide Cunha disse que encontrou professora lavando as salas, outra fazendo a limpeza do prédio e outra professora lavando os pratos para servir a merenda, quando tem.
 
Segue o texto de Marleide Cunha denunciando o descaso.
 
“Descaso! Desrespeito! Deseducação!
Hoje em visita a Unidade de Educação Infantil Maria Caldas, no bairro Sumaré, vi o retrato do completo descaso com educação das crianças e a desvalorização perversa das professoras daquela unidade.
Depois de quase três meses fechada, a Secretaria de Educação reabre a UEI e obriga a funcionar sem uma única ASG, deixando a escola uma imundicie. Também não tem diretora. Encontramos uma professora lavando a sala, outra varrendo, outra limpando os pratos da merenda. Elas se submetem a isso para tentar dar um mínimo de dignidade aos pequenos inocentes. Meu Deus, saí horrorizada... É essa a educação de qualidade que o município tanto prega? As imagens chocam? Mas é a realidade. Me perdoem mas não aguento me calar e esconder o lixo embaixo do tapete. Não há educação possível num ambiente que deseduca.”


 
O problema é generalizado em praticamente todas as escolas do município. A Escola Municipal Manoel Assis, que há três anos foi apontada como excelência em educação, nesta quinta-feira, 17, os alunos foram liberados mais cedo porque faltava merenda.
 
Em Alagoinhas, quando a prefeita Rosalba Ciarlini assumiu no início de 2017, faltava apenas 5% da obra para ser concluído o prédio novo. A prefeita em sua leitura anual na Câmara, prometeu concluir em 90 dias. Não o fez em todo o ano de 2017. Prometeu novamente aos moradores e novamente não cumpri o prometido. Agora está por concluir a obra.

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