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POLÍCIA
Da redação
22/05/2018 04:47
Atualizado
14/12/2018 10:04

Churrasqueiro que matou o vizinho que ameaçava seus filhos vai a júri popular em Mossoró

Réu narra que após impedir vítima de aliciar seu filho para vender drogas, passou a ser ameaçado assim:"De hoje você não passa. Vou sair detonando todo mundo aí, o que for de banana eu vou deixar tudo podre"
O churrasqueiro Alberto Carlos Lopes, de 40 anos, conhecido por Banana, está sendo julgado na manhã desta terça-feira, 22, no Fórum Municipal Desembargador Silveira Martins, pelo assassinato de Ricardo Kleyton Ferreira Lima, o Pirulito, crime este ocorrido às 9 horas do dia 17 de abril de 2011, na Rua Vencesleu Bras, no bairro Barrocas, zona norte da cidade de Mossoró-RN.

As testemunhas narraram que Pirulito estava na esquina, precisamente em frente ao Mercantil Jozete, quando Alberto Carlos Lopes chegou e abriu fogo. A vítima ainda tentou correr, mas terminou morto dentro do quintal do imóvel onde funciona o Mercantil Jozete. O caso passou a ser investigado pela Primeira Delegacia de Polícia, de Mossoró. No dia 19 do mesmo mês, Alberto Carlos Lopes se apresentou e confessou o crime.

Banana narrou ao delegado e posteriormente também em juízo que no dia do crime (17 de abril de 2011), Pirulito passou em frente a churrascaria que ele trabalha e gritou bem alto: "De hoje você não passa. Vou sair detonando todo mundo aí, o que for de banana eu vou deixar tudo podre". Acrescentou que Pirulito também passou a insultar a todos, chamando-os de burrose  reafirmando que ia matar todos.

Neste mesmo dia, Banana conta que foi ao Mercantil Jozete fazer compras para a churrascaria que trabalha e lá chegando avistou Pirulito em frente fazendo "sugesta", como se fosse pegar uma arma de fogo na cintura, daí sacou sua arma primeiro, atirou e Pirulito ainda teve forças para vir para cima dele. Neste momento, ele narra que atirou mais vezes, sem nem saber se estava acertando ou não. 

O churrasqueiro Banana narrou também que a inimizade de Pirulito com ele começou quando o impediu de aliciar seu filho de 11 anos para vender drogas. Inclusive diz que proibiu o filho de andar com Pirulito. Daí começaram as ameaças de Pirulito contra ele, familiares e até o dono da churrascaria onde trabalhava. Inclusive estes fatos foram registrados na delegacia antes do homicidio.

Alberto Carlos conta que não registrou "queixa" na delegacia porque Pirulito ameaçava seus filhos dizendo aos gritos em frente a sua residência. "Se você der parte eu mato os bananinhas" .

O processo transcorreu na Primeira Vara Criminal e finalmente chegou o dia que a sociedade, representada por um Júri composto por sete pessoas, decidirá se Alberto Carlos Lopes merece ser punido pelo assassinato de Ricardo Kleyton Ferreira Lima. O Ministério Público Estadual concluiu o processo para julgamento pedindo a condenação do réu por homicídio qualificado.

A defesa concluiu pedindo a absolvição do réu, alegando legítima defesa. Quem vai decidir pela condenação por homicidio qualificado ou pela absolvição é o Conselho de Sentença formado pela sete pessoas da sociedade. O julgamento está previsto de começar às 8h30, no Salão do Tribunal do Júri Popular do Fórum Municipal, sob a presidência do juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros e deve terminar ao meio dia.

 

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