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MOSSORÓ
Da redação
24/05/2018 08:43
Atualizado
14/12/2018 04:42

Cidade do Sol avalia reduzir frota devido a desabastecimento em Mossoró

Empresa Cidade do Sol informou nesta quinta-feira, 24, que está avaliando a possiblidade da redução da frota de ônibus; "A situação é gravíssima”, alerta o diretor da Cidade do Sol, Waldemar Araújo.
O transporte coletivo é um dos serviços essenciais em Mossoró que mais sofrem com a atual política de preços da Petrobrás, com alta quase que diária do preço final do óleo diesel, que eleva sobremaneira as perdas do setor de transporte de passageiros.

Não bastasse essa dificuldade conjuntural, a greve dos caminhoneiros leva a empresa Cidade do Sol, concessionária do serviço, a avaliar possibilidade de redução da frota de ônibus.

“Estamos avaliando quais horários de menor demanda, para ações emergenciais e informar à população. A situação é gravíssima”, alerta o diretor da Cidade do Sol, Waldemar Araújo, acrescentando que a empresa foi atingida com aumento de 42% nos custos com combustíveis, entre 3 de julho de 2017 e 18 de maio de 2018.

Gravidade
Não bastassem gargalos, como o número de gratuidades ser bem acima da média nacional, a concorrência desleal praticada pelas diversas formas de transporte ilegal, o mau uso da meia passagem para estudante e dos que utilizam gratuitamente o sistema de transporte coletivo de Mossoró, mais uma grande dificuldade tem que ser enfrentada pela concessionária, o prejuízo acumulado com a alta contínua no preço do diesel.

Segundo a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano - NTU, o setor já acumula perda de R$ 1 bilhão com aumento do combustível, que está dez vezes acima da inflação no acumulado do ano. E, em Mossoró, a situação não é diferente.

Waldemar Araújo alerta que a situação está ficando insustentável; a empresa não consegue absorver a alta acumulada no preço do diesel, em Mossoró.

“É um impacto fortíssimo, porque o combustível representa 23% dos nossos custos”, adverte Waldemar Araújo, acrescentando que a gravidade da situação tem levado empresas, em outras cidades, a buscarem reajustes emergenciais, dos preços das passagens.

Desoneração
“Não é aumento de passagem que queremos para Mossoró. O que precisamos é de ações que desonerem o custo do transporte, como a fiscalização eficiente ao transporte ilegal, e outras medidas que estimulem as pessoas a usar o ônibus como meio de transporte”, ressalva.

Segundo dados da própria Petrobras, em 45 dias, de 4 de abril a 18 de maio, houve aumento de 25,42% nas refinarias. E a NTU revela que os reajustes sucessivos contribuiriam para que 33% das 1,8 mil empresas de transporte urbano no país estejam endividadas.

Diante disso, as empresas, através das entidades nacionais que as representam, tentam medidas junto ao Governo Federal. “Mas, não podemos esperar por isso. O município tem responsabilidade, na condição de poder concedente, direta na busca do equilíbrio econômico do contrato que reflete diretamente na qualidade do transporte público, e precisa agir em sua defesa em Mossoró”, assinala Waldemar Araújo.
 

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