O presidente da Sindicato da Indústria de Moagem e Refino de Sal do Rio Grande do Norte (Simorsal-RN), Renato Fernandes, afirmou que a interdição do Porto-Ilha de Areia Branca pelo IBAMA, com apoio da Polícia Federal, ocorrido nesta quinta-feira, 12, vai gerar "prejuízo monstruoso".
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O Sindicato da Indústria do Sal (SIESAL) corrobora com as informações do Simorsal.
Renato Fernandes disse que o Rio Grande do Norte produz atualmente 97% do sal consumido no Brasil e que deste total, 40% é transportado via Porto-Ilha e 60% via modal terrestre.
Considerando os percentuais, 2 milhões de toneladas de sal são embarcados ao ano pelo Porto-Ilha e 4 milhões são transportados para várias regiões do Brasil em caminhões.
Dos 2 milhões de toneladas embarcados pelo Porto-Ilha, 1,5 milhão de tonelada vão para a indústria química no Brasil, nos estados da Bahia e no Rio de Janeiro, principalmente.
As outras 500 mil toneladas são embarcadas para os Estados Unidos, Nigéria e Camarões. Se não embarcar este sal, o salineiro brasileiro é obrigado a pagar multas milionárias, que é o que tende acontecer.
Além deste prejuízo em multas, os salineiros correm sério risco também de perder os clientes no Brasil e no exterior para os salineiros chilenos devido aos benefícios do Mercosul.
Renato Fernandes disse que o quadro é de indignação total. Ele explica que o Porto-Ilha é exclusivamente para embarcar sal e é gerenciado por indicação política.
Assim como a Simorsal, a Siesal também não foi comunicada da ação do IBAMA/PF. Disseram que estão buscando informações a respeito para adotar medidas urgentes.
Há poucos meses, o Porto-Ilha de Areia Branca foi interditado pelo Ministério do Trabalho, deixando um prejuízo milionário aos salineiros. A estrutura foi liberada.
Nesta quinta-feira, foi à vez do IBAMA, alegando a precariedade da estrutura.
O MOSSORÓ HOJE apurou com fontes que trabalham no Porto-Ilha, que de fato existem problemas sérios na estrutura, principalmente no setor feito há pouco tempo.
Esta área nova que foi construída recentemente estaria ameaçando afundar e puxar toda a estrutura do porto junto ao fundo do mar.
Estes fatos, no entanto, não foram confirmados pela CODERN.